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Um dia eu li...

Um dia eu li que em cada pessoa colidem três diferentes:
  • a pessoa que pensamos ser;
  • a pessoa que desejamos ser;
  • e a pessoa que somos realmente...
No outro dia não conseguia deixar de pensar nisso e no bizarro que me parecia... Pus-me a pensar se seria ainda possível eu continuar a não conhecer o meu verdadeiro ser? Depois de tanto tempo na escuridão, a enfrentar a podridão humana...
Depois de toda aquela solidão avassaladora, aquele esquecimento perfeito...
E depois de tudo olhei para o espelho... uma face magoada com a vida... uma face com mágoa e ferida!
Não é a face de quem olha ao espelho e sabe o que vai encontrar, não é a face de quem se sente capaz de encarar todos os segredos obscuros, não é uma face de quem se conhece a si mesmo... não é uma face de quem não tem medo...

É uma face que usa um véu... uma face que foge... uma face de olhos fechados e lágrimas de mágoa...
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Afinal...


Não sei até que ponto me apetece continuar com este blog, não tem nenhum objectivo definido, sou apenas eu a divagar sobre todos os assuntos que me vêm à cabeça...
Sinceramente, não sei que interesse terá isso, não sou assim tão inteligente e interessante que a minha opinião tenha o poder de esclarecer seja quem for...
Além disso tenho muito a mania de falar em coisas que sinto, como se isso fosse relevante, nem sou capaz de contar coisas simples da minha vida...

Aproxima-se a minha última queima enquanto estudante e, todos os sentimentos são contraditórios, alívio pela pausa que vou ter nos estudos, nostalgia por saber que tudo termina...
Tenho a certeza que não sou a única a viver nesta dualidade...
Mas sinceramente, não sei mesmo o que me espera, entrar em Jornalismo Científico em Madrid? E se não conseguir!? E mesmo que consiga, será que é mesmo a minha vocação?

Não sei que contar mais... Afinal de contas, tenho tentado escrever uma história mas tudo me parece um enorme desperdício de tempo e papel... Para além de demorar horas a escrever um rascunho insignificante parece que não tenho jeito algum para narrar seja o que for...
É muito frustrante, gostar de escrever... e depois descobrir que, se calhar só com muitos anos de prática é que vou conseguir alguma coisa digna de ser publicada, uma história contada por mim!

Pois, parece que vou ter que adiar esse sonho e tentar procurar outros caminhos, na esperança de encontrar as peças que me faltam...
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