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Uma internet com conteúdos pagos?


Depois do comentário do Daniel Galvão do blog "O Mundo das Ideias Corporativas" ao meu último post - "O futuro do Grátis" - fiquei com vontade de ampliar o tema. Porque, me apercebi que ficaram coisas importantes por dizer, embora no momento não tenha sido consciente delas. Portanto, obrigada por discordar Daniel!

Porquê pagar os conteúdos se já pago o acesso à internet?

Pára por um momento, desliga-te do mundo que te rodeia. Imagina que dentro de uma semana é o aniversário de um amigo muito próximo de ti. E, por isso, desejas comprar-lhe algo muito especial.


Podes ser um artista ou optar por alguma lembrança que tu próprio fabricaste, mas, a maior parte das pessoas optará por passar naquela loja especial para comprar o presente. E agora, o que fazes?

Podes ir até essa loja de carro, ou de transportes públicos, podes até encomendar o presente por correio. Pagarás pelo produto, mas isso parece-te pouco importante neste momento.

Fotografia de Andy Mangold


Mas, espera um segundo. Não pagaste só pelo produto. Se foste de carro terás pago a gasolina. Se foste de transportes públicos pagaste o bilhete e mesmo que tenhas encomendado por correio terás que pagar nalguma ocasião os gastos de envio.

Na internet a situação é a mesma. Grande parte dos conteúdos estão disponíveis sem teres de pagar nada mais para além da taxa de acesso. Mas não podemos pretender que até a qualidade seja grátis na rede apenas porque já pagamos pela conexão ao serviço.

No mundo real pagamos pelo transporte, mas como esse hábito já está tão enraizado na nossa cultura, esse não é um gasto importante, é apenas algo inevitável. Na internet passa-se o contrário. O preço de acesso à internet ainda não é irrisório.

Ainda se paga muito pelo acesso à internet

Neste ponto tenho que concordar. Mas é importante ver este assunto desde outra perspectiva. Muitas vezes aparece uma nova tecnologia, imaginemos um telemóvel com acesso à internet desde qualquer ponto do globo. Ficamos imediatamente cativados, mas o preço ainda é demasiado agressivo para as nossas poupanças. O que faz a pessoa comum nesta situação? Espera!

Com a internet é diferente, porque já não conseguimos imaginar a nossa vida sem ela. E muitas vezes isto faz-nos esquecer que esta tecnologia é relativamente recente nas nossas vidas. Por exemplo, em Portugal a internet só começou a ser usada pelas universidades e nalgumas empresas a meados dos anos 80 (podes consultar este documento para saber mais sobre a história da internet).

Na realidade, a internet, tal como a conhecemos hoje, não terá mais de 10 anos. Para uma tecnologia tão complexa como esta, 10 anos não é nada. E mesmo que não possamos dar-nos ao luxo de esperar, uma coisa é certa. O preço em pouco tempo será mais acessível, e, possivelmente chegaremos a um ponto em que deixaremos de lhe dar importância.

Mas devemos pagar pelo acesso a todos os conteúdos?

O New York Times é um excelente exemplo de como aqueles que sempre lutaram por conteúdos de qualidade na internet, acreditam naquilo que acabei de escrever. A página web do jornal tem grande parte dos seus conteúdos disponíveis, mas se queres aprofundar alguns temas terás que pagar para ter acesso a esse conteúdo extra.

Sendo um meio de referência a nível mundial provocou o despertar da comunidade jornalística. E isto levou a que muitos meios começassem a optar pela mesma estratégia. O exemplo mais próximo de mim é El Mundo en Orbyt que disponibilizou conteúdos online de grande qualidade (inclusive adaptados aos novos leitores electrónicos) mediante pagamento.

Fonte: orbyt.es

Se esta revolução vai ou não para a frente está nas mãos dos consumidores. Mas isto poderá ser um vislumbre do futuro dos negócios online: o modelo do Freemium (como bem mo relembrou o autor do blog Rivercastell pelo twitter). Este modelo define-se pela oferta de um produto para se poder vender produtos complementares de uma maior qualidade a uma pequena percentagem de usuários (podem saber mais sobre este assunto no Freemium Blog).

No entanto a verdade é que, ninguém pode prever o futuro, especialmente quando o tema envolve a cultura e o comportamento de uma massa tão diversa de pessoas.

Conclusão

Devemos criar a cultura de recompensar os pequenos produtores pelos seus esforços (ainda que a recompensa seja simbólica).

Porque, caso contrário a internet não será a solução para a actual crise. Se realmente formos capazes de abraçar esta cultura acredito que será até possível distribuir de forma mais equilibrada a riqueza. E que a internet poderá ser um meio excelente para o desenvolvimento de novos talentos e uma forma de fazer o mundo melhor.

Pelo menos é esta a minha opinião. Talvez um dia chegaremos a um ponto em que seja possível viver da cultura do grátis. Mas esse é um assunto para outro post.

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O futuro do Grátis

A actual crise provocou uma "explosão" criativa de novos modelos de negócios. E a internet, tal como todas as tecnologias com ela relacionadas, aparecem neste panorama como a solução perfeita. A web apresenta excelentes vantagens e um potencial assombroso, no entanto, neste preciso momento, está longe de ser a resposta para os nossos problemas. 

Principalmente para os que sonham começar o seu próprio negócio na internet ou apostar num projecto pessoal, ganhar dinheiro online não será uma tarefa fácil. Isto é especialmente verdade quando falamos de ganhar dinheiro com blogs.

Porque digo isto?
  • Actualmente são poucos os que ganham uma quantia razoável com o seu blog;
  • Mesmo ganhando dinheiro temos que admitir que o potencial de crescimento é limitado - ainda ninguém consegue ficar milionário com este tipo de projecto;
  • E a rentabilização de um blog baseia-se, fundamentalmente, em modelos convencionais como é o caso da publicidade - que não traz grandes rendimentos.
Para entender mais sobre quais as principais formas de ganhar dinheiro com blogs actualmente, recomendo:
Estes foram alguns dos sítios que consultei para perceber mais sobre como ganhar dinheiro com o meu blog.

Nesta pesquisa fiquei assombrada, tanto pela quantidade de "receitas mágicas" que nos tentam vender a preços exorbitante, como pela ausência de modelos realmente alternativos aos modelos convencionais. Na minha opinião, os negócios por internet poderão realmente funcionar e ser lucrativos quando conseguirmos remodelar por completo o nosso conceito de negócio.

No entanto, esta tarefa é dificultada pela persistência e força da cultura do grátis. Ao ponto de deixamos de estar dispostos a pagar pelo que quer que seja.

Defendo o acesso aberto a conteúdos, mas, sinceramente, como é que ganharemos dinheiro com isso? Publicidade? Onde é que eu já ouvi isso...

Acredito que se realmente queremos revolucionar temos que saber vender por nós mesmos. E criar a cultura do "eu pago por produtos de qualidade" na internet. Sejamos sinceros, quantas vezes não compramos coisas em lojas e depois acabamos por nos arrepender? Se estamos dispostos a pagar por produtos em lojas convencionais porque não o fazemos na internet?

Porque na internet o que tem valor é o grátis. E são poucas as pessoas que estão dispostas a pensar doutra forma. Especialmente os chamados nativos digitais (que cresceram com a internet) e que cresceram numa sociedade que sempre transmitiu a ideia de que vivemos constantemente numa profunda escassez de dinheiro. Sejam sinceros, ainda se lembram da última vez que não estivemos em crise? Eu não!

Qual é o meu objectivo com este raciocínio? Simplesmente porque um pouco de contexto é essencial se pretendo que as minhas mensagens cheguem ao seu destino: vocês!

E se fosse possível mudar a cultura do grátis?
Eu acredito que é possível, ou que pelo menos teremos que lutar por isso para que a internet seja não só fonte de entretenimento, mas também uma ferramenta para construir negócios e disseminar ideias (de qualidade claro!).

Como os negócios online ainda não têm estabilidade este é o momento perfeito para experimentar diferentes ideias e trabalhar a nossa criatividade. No entanto, é importante aprender com algumas experiências pioneiras que começam a marcar timidamente a sua presença no mercado. Conheçam algumas delas:

1# - Flattr


A empresa foi fundada por Peter Sunde, um dos criadores do controverso site de torrents: Pirate Bay. No fundo funciona como o botão "gostar" do facebook ou como um voto num dos vários agregadores de conteúdos como o Digg ou o diHITT. Mas com este sistema temos a oportunidade de recompensar economicamente (ainda que a quantia seja simbólica) o criador do conteúdo.

Pessoalmente, considero esta uma ideia fantástica. No entanto não sei até que ponto terá a oportunidade de sobreviver nesta cultura do grátis. Primeiro é necessário aprender que: a qualidade deve ter um preço!

Uma excelente oportunidade para todos os realizadores que querem encontrar o seu espaço na cada vez mais estandardizada indústria cinematográfica. Os realizadores de filmes independentes têm a oportunidade de colocar as suas criações na página da companhia e atribuir-lhe o preço que acharem mais adequado.

Isto permite que o autor se liberte das habituais imposições por parte das distribuidoras, e permite uma interacção directa com os receptores dos conteúdos.

Se queres saber mais sobre o assunto recomendo esta entrevista feita pela Creative Commons à Film Annex.

3# - MySpace
Esta rede social para músicos permite que estes vendam as suas criações, mesmo quando não tenham um contrato com uma discográfica. Isto certamente reestruturará toda a indústria, porque neste processo é dispensável o intermediário e o contacto entre fãs e artistas passa a ser directo.

Acredito que esta é uma excelente oportunidade para acabar com o monopólio de alguns artistas (que cada vez mais correspondem a um perfil geral - comercial) e permitir que se desenvolvam novos talentos com o apoio directo de fãs.

4# - Doações
É uma ideia inspirada por uma entrada no blog espanhol ALT1040 - La Guía Geek (de leitura obrigatória, já me diziam: "o futuro é dos geeks"): "Ya pago yo, gracias". De facto porque não pode ser o próprio consumidor a decidir que quantia vai pagar por um produto? Mesmo que o possamos ter de graça!

É uma ideia que me fascina verdadeiramente, mas sei que actualmente não é uma opção viável, apesar de ser das mais democráticas que conheci e de pôr as cartas nas mãos do consumidor.

Infelizmente não creio que a qualidade (neste momento) desperte espontaneamente no leitor a vontade de recompensar economicamente o autor. Ainda nos falta um longo caminho a percorrer. Mas com preserverança talvez um dia seja possível.

Conhecem mais alguma iniciativa que tenta valorizar a qualidade na internet? E vocês: pagariam por um serviço de qualidade na internet?

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Como tornar-se um especialista reputado?

Vivemos numa era a que muitos chamam da informação e, como todas as eras tem as suas carências. Carências que criam necessidades e será pela sua resolução que acabaremos por evoluir. E quais são essas carências no panorama actual?

  • A brecha digital - o número de pessoas com acesso à internet não pára de aumentar, mas actualmente não estar na rede pode ser um factor discriminatório que muitas vezes conduz à exclusão social.

  • Excesso de informação - as redes sociais e a incrível facilidade em criar blogs e páginas web (muitas vezes de forma gratuita) aumentaram a informação e a sua disseminação de uma forma exponencial. Existem mesmo estudos que indicam que, actualmente recebemos mais informação num só dia que muitas pessoas receberiam durante toda a sua vida à 70 anos.
    Com isto é difícil que dediquemos a nossa atenção a um tema o tempo suficiente para aprender com ele e tirar as nossas próprias conclusões.

  • Qualidade - não é o caso de todas as páginas web, mas na internet actual, que se rendeu à cultura do grátis ainda é difícil distinguir os bons recursos daqueles que apenas fazem uma "contra-informação". E o pior é a abundância destas páginas que se baseiam em falsidades.
    Falsidades que mesmo quando são identificadas podem já ter uma legião de apoiantes. Isto aumenta o chamado ruído na rede, e torna difícil encontrar conteúdo de verdadeira qualidade.
São apenas alguns dos pontos que considero importantes. Mas...
...porque é importante estar consciente destas carências enquanto blogueiro(a)?

Nos blogues, como na vida, o sucesso duradouro constrói-se a partir do trabalho honesto e da dedicação. Ganhar dinheiro ou reputação na internet não é fácil, porque, à partida, todos desconfiam da veracidade e qualidade das tuas palavras.

Essa reputação não chega por te dedicares a escrever apenas aquilo que dominas neste momento. Há que expandir os horizontes e estudar, estudar, estudar. Ninguém ganha reconhecimento por copiar os outros e, se ganhá-lo é o teu objectivo deves mentalizar-te para a grandeza da tarefa que te espera.

Isto não deve ser fonte de desmotivação, pelo contrário, deve ser encarado como uma excelente oportunidade para ganhar mais valor, tanto profissional como pessoal. E sobretudo deve ser uma motivação para continuar a melhorar neste entorno tão competitivo que é a internet.

Numa outra entrada mencionei alguns blogs com excelentes dicas para entender como funciona a blogosfera e como construir um blog de sucesso. Mas, no final, mesmo manejando bem as ferramentas o mais importante será sempre o conteúdo.

É aconselhável estar sempre a par dos acontecimentos através de meios convencionais como a rádio, a televisão e os jornais. Mas não esqueçamos que estes meios são essencialmente informativos e não formativos ou divulgativos. Nos quais, raramente vemos para além da objectividade dos factos.

O que significa que não nos ajudam no desenvolvimento do raciocínio ou não nos permitem ver "the big picture", ou seja, a situação geral. Saber ver os acontecimentos desde outras perspectivas ou desenvolver a capacidade de relacionar diferentes acontecimentos são qualidades bastante importantes num especialista seja qual for a sua área de conhecimento.

Para isso recomendo aprender com os mestres. Não apenas com os autores dos grandes blogues, porque, actualmente, com a constante obsessão de encurtar os conteúdos para não perder leitores, muitas vezes se perdem pormenores essenciais.

Os grandes pensadores do nosso tempo mostram-nos essas diferentes perspectivas do nosso mundo e dos acontecimentos em conferências.

Uma ferramenta de aprendizagem bastante ignorada, mas que tem para mim um grande valor. Existem pessoas verdadeiramente fascinantes e cativantes neste mundo, por isso é importante, não só ler os seus textos como escutá-las. Isto dar-nos-à pistas sobre os seus truques e o seu sucesso.

A vantagem da internet é que actualmente nem precisamos de viajar para ouvir estas pessoas, porque existem já alguns sítios que nos disponibilizam (de forma gratuita) interessantes conferências. Alguns exemplos:

Apesar das conferências serem maioritariamente sobre temas científicos normalmente estão feitas numa linguagem amena e divulgativa. Mesmo que os temas científicos tenham pouca relação com o teu blog, é fácil ficar inspirado pela própria história da evolução humana e pelas incertezas e oportunidades do futuro.
Sem dúvida um grande exemplo de grandes oradores. Lembrem-se que cada vez é mais difícil que as pessoas se interessem por temas científicos, por isso estes cientistas desafiam-se constantemente para conseguir captar a nossa atenção, contando histórias sobre o mundo que ignorávamos por completo. Estas conferências continuam a ser bastante populares.

Conferências sobre as mais diversas temáticas com oradores tão reputados como Steve Jobs, o génio co-fundador da gigante milionária Apple. A vantagem desta página é a grande diversidade de temas, o feedback dos que assistem às conferências (muitas vezes especialistas no tema) e a disponibilidade de legendas em diversos idiomas para a maior parte dos vídeos.
Pessoalmente aprendo bastante com as ideias destes grandes homens e mulheres. Os teus temas são, quase sempre, actuais, pertinentes e bastante interessantes, é fácil tirar daqui ideias para o nosso blog (e também para a vida).

Um canal do youtube com conferências sobre diversos temas, como ciência, tecnologia e comunicação. É um canal bastante heterogéneo e com baixo nível de organização, no entanto não deixa de ser útil e interessante. O youtube está também a desenvolver uma tecnologia experimental de legendas bastante útil para quem não está familiarizado com o idioma.
Para começar recomendo uma conferência de David Rock sobre o funcionamento da mente. Não deixem que a extensão do vídeo vos assuste, é uma palestra muito interessante sobre como conhecer melhor o nosso cérebro para podermos ser melhores líderes.


Aguardo a vossa opinião. Assistir a conferências parece-vos uma opção interessante para ser um(a) melhor blogueiro(a)?
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Como descobrir a tua vocação?

[Antes de continuares a leitura convém avisar que, com este post não pretendo indicar o caminho correcto na procura da vocação. Apenas pretendo oferecer-te a minha visão da aventura que supõe encontrar a profissão que mais se adequa a cada um de nós.]

A minha odisseia começou na época mais provável da vida de qualquer estudante: no 9ºano - quando tive que escolher a área que iria estudar nos próximos 3 anos antes de concorrer ao ensino superior (ciências, letras, informática, artes). Depois de uma consulta na psicóloga e após ter feito vários testes psicotécnicos apenas consegui ficar mais confusa!

E agora, mesmo com uma licenciatura no currículo e prestes a concluir o mestrado estou longe de descobrir a minha vocação, mas aprendi valiosas lições com as pessoas que foram cruzando o meu caminho.

  • Aquilo que chamamos de vocação é um conceito difuso
Afinal de contas, o que é a vocação? Mesmo depois de ter feito tantas vezes esta pergunta nunca tive uma resposta satisfatória. E embora muitas pessoas pareçam estar absolutamente seguras sobre a profissão e vida que escolheram, percebi que, na maioria das vezes isso é apenas uma fachada. Uma barreira com a qual escondemos essa nossa fragilidade.

Porque, mesmo que seja só de vez em quando, todos pensamos em como seria a nossa vida se tivéssemos escolhido outro caminho, todos temos dúvidas mesmo depois de anos numa mesma profissão.

  • Não existe um caminho único para cada um de nós
Embora seja uma crença geral que cada um de nós está talhado para uma tarefa específica, acredito que isso não podia estar mais longe da verdade. E acredito nisso por uma simples razão: pela nossa quase inesgotável capacidade de aprender.

Mesmo que com o crescimento o nosso cérebro perca a plasticidade que tinha na sua infância (e com isto diminua a nossa capacidade de assimilar novos conceitos) o ser humano nunca deixa de aprender ao longo de toda a sua vida. Por isso, nenhum caminho está fechado para nós!

  • Posso ser o que eu quiser... e agora??
Quando me dei conta que muitas estradas estavam abertas para mim entrei em pânico, porque me sentia sozinha no meio de uma grande encruzilhada. E demorei bastante tempo até perceber que, o que verdadeiramente importa nessa escolha, tem pouco a ver com o racional.

Na verdade, as escolhas académicas que fui fazendo na minha vida foram mais fruto da espontaneidade de um momento do que duma decisão cuidadosa e ponderada. Com isto percebi que, uma vocação é realmente: fazer aquilo que te faz feliz. E isso não é fruto da reflexão e da análise, é fruto dos nossos sonhos e das nossas mais profundas paixões.

Por isso, na hora de escolher o meu caminho apenas me pergunto: Onde queres estar dentro de 5 anos?
Enquanto me desligo do frenesim do agora e deixo a minha mente voar.


  • A escolha como fonte de stress
Nem todos sabemos que vamos ser médicos aos 5 anos de idade e mantemos essa convicção pela vida fora. A maioria das pessoas descobre tarde ou pode mesmo nunca descobrir a sua profissão ideal.

Isto acontece porque ao longo da nossa vida os nossos interesses mudam ou podem mesmo multiplicar-se! E às vezes sentimos que apenas vamos aumentando a nossa indecisão enquanto a sociedade espera que façamos uma escolha.

  • Mudam-se os tempos...
Na sociedade ocidental, principalmente na anglo-saxónica, um emprego raramente dura uma vida inteira. E com a crise económica é muito difícil que uma pessoa se consiga manter sempre na mesma área de trabalho.

Isto vem dificultar ainda mais a nossa escolha, certo? ERRADO. E esta não é apenas a minha opinião. A crise vai obrigar (e de facto já o está a fazer) que as pessoas diversifiquem a sua formação se querem ter mais oportunidades no mundo laboral. E esta situação romperá com a crença de que um trabalho e uma vocação é para toda a vida.

A crise é a oportunidade perfeita para percebermos que, como ser humano temos o direito a experimentar várias formas de vida. Acredito que, no futuro perceberemos que a verdadeira felicidade e realização pessoal passará por diversificar os nossos interesses, quebrando as monótonas rotinas actuais que não nos levam a parte alguma.

E talvez, um dia, possamos reencontrar no trabalho a motivação para continuar a sonhar!

Talvez uma opinião demasiado idealista, mas continua a ser valiosa para mim. E vocês: O que vos fez descobrir a vossa vocação?

Para saber mais podes ler o meu novo artigo: O caminho para encontrar os nossos talentos 
 
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10 aspectos que tornam um blog desagradável

Como destaquei no último artigo, aprender a lidar e a valorizar os nossos fracassos pode ser o caminho para o êxito. No entanto, também é importante aprender pela experiência dos outros. Esta última situação é fundamental para o avanço de certas áreas como a ciência: a grande fatia na produção do conhecimento deve-se aos séculos de experimentação e observação por parte doutros cientistas!

Já o afirmava Sir Isaac Newton: “Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigante


Várias investigações recentes tentam estabelecer um modelo de comportamento dos leitores de páginas online. Das diversas hipóteses já formuladas nenhuma parece adequar-se por completo à realidade. Acabando por ser refutadas ou revelar-se incompletas perante muitas situações.

Por isso, actualmente ainda é muito difícil prever o que será agradável ou atractivo para os leitores de páginas web. Assim, as recomendações que aqui deixo são ideias expressadas por outros blogueiros, estudos e, essencialmente, fruto da experiência e opinião pessoal.

No entanto, é importante destacar que ler em ecrã de computador continua a ser desconfortável e cansativo para a visão humana. Por isso, há que saber usar alguns truques para tornar essa leitura mais agradável. A seguir deixo uma lista das situações que devemos evitar ou, pelo menos, moderar.


1# - Layout confuso com muitos elementos e cores distintas
Uma página com uma grande variedade de cores, especialmente cores vivas e cores quentes pode cansar rapidamente a vista do leitor. De igual modo, colocar muitos elementos como várias colunas com aplicativos diferentes, fotos e vídeos na página principal pode distrair o leitor do conteúdo principal.

Recomendação: um layout simples, com poucas cores, de preferência cores frias como o azul. O texto e o fundo devem ser, de preferência, cores oponentes. O negro sobre branco (ou vice-versa) continua a ser a opção mais agradável.

2# - Texto sem cortes, com letra muito floreada e pequena
Tipos de letra como Times New Roman podem ser o ideal quando impressas, mas na realidade são pouco atractivas quando vistas num ecrã de computador. Da mesma forma uma letra muito pequena e parágrafos muito extensos dificultam a capacidade de leitura.

Nos jornais e revistas o tipo de letra adequado e a organização dos textos está bem estudada para facilitar a leitura. Para as notícias é prática corrente dividir o texto por várias colunas, porque quanto mais pequena a extensão de uma linha mais rápida será a leitura (e requer também um menor esforço).

Recomendação: letras direitas, com um traço sem variação de espessura são bastante agradáveis de ler em ecrã (exemplo: Helvetica ou Verdana). Também facilita a leitura escrever num tamanho de letra normal, fazer parágrafos pequenos com 1-3 frases e deixar uma linha de espaço entre eles permite que o leitor descanse a vista.

Usar o negrito, fazer subtítulos ao longo do post (letra de tamanho grande), perguntas (sempre que dês a resposta nessa mesma entrada), usar cores diferentes para certas frases que queiras realçar (nunca mais de duas cores e que sejam iguais a algumas das que usas no teu layout), são distintas formas de permitir que o leitor não se canse tanto, mesmo que o texto seja extenso.

Para saber mais de tipografia podes ler: Tipografía para principiantes (em espanhol)

3# - Demasiada publicidade
Uma página com publicidade espalhada por todos os cantos possíveis e imaginários dá a impressão que o principal objectivo do teu blog é ganhar dinheiro e que descuidas o teus conteúdos e dás pouca atenção aos leitores. Além disso, uma página com muitos anunciantes pode distrair o leitor e ele dificilmente se concentrará naquilo que é fundamental no teu blog: o conteúdo.

4# - Ausência de informação pessoal
Normalmente quando encontramos uma página com conteúdos interessantes e um design agradável, o que vamos querer saber a seguir é um pouco sobre o autor. Fundamentalmente porque queremos saber a sua reputação e credibilidade.

Não digo para expormos toda a nossa vida e currículo no nosso blog (não é preciso ir tão longe). Mas informar os nossos leitores sobre as nossas origens, formação e experiências mais importantes (tanto pessoais como profissionais) ajuda a criar uma relação de confiança e suscita a empatia do leitor.

5# - Criticar pessoas e acontecimentos sem ter um conhecimento real sobre o tema
Toda a gente tem uma teoria e uma opinião, não precisamente correctos, sobre as mais diversas pessoas e acontecimentos. E um leitor de blogs não procura apenas pessoas com opiniões similares às suas.


Actualmente são cada vez mais os usuários que usam a blogosfera para se informar, por isso, de cada vez que opinamos (e uma opinião não deve ser anunciada como um facto ou uma verdade absoluta) devemos apoiar-nos sempre em dados ou experiências pessoais.

6# - Pessimismo constante
Tal como uma opinião desinformada, uma visão permanentemente pessimista da vida e dos acontecimentos pode afugentar os leitores. Normalmente porque procuramos resolver os nossos problemas na internet e não aumentá-los.

Além disso, uma escrita optimista com uma certa dose de humor é bastante mais atractiva e cativante que uma constante visão negra das coisas. Nem todos temos de partida essa facilidade, mas, como tudo na vida é preciso arriscar e praticar.


Um exemplo fascinante é o do crítico de cinema Roger Ebert que perdeu a voz na luta contra o cancro, mas nunca deixou de escrever e nunca deixou que o rumo da sua vida afectasse a sua escrita. Recomendo que leiam este post no Copyblogger, é uma história realmente inspiradora: What All Content Creators Need to Learn From Roger Ebert!


7# - Ignorar comentários de leitores
Uma das características da internet actual é a interacção entre usuários. Situação que rompe com a caracterização clássica do processo de comunicação de massas:

Emissor - Canal - Receptor

Processo que ocorria sempre no mesmo sentido. Agora sabemos que isto não acontece desta forma, e que os receptores (leitores) das nossas mensagens podem opinar sobre elas e mesmo sugerir mudanças.

Actualmente, esta interacção tem a sua maior expressão nos comentários em blogs e nas redes sociais. Por isso recomendo aproveitar essas ferramentas para estabelecer um diálogo com os nossos leitores e para reforçar laços de confiança.

8# - Responder de forma rude a críticas
Nos blogs, como na vida, uma pessoa tem que praticar a humildade. Principalmente porque na rede estamos sujeitos à avaliação e opinião de todos, mesmo de pessoas que sabem mais do que nós. Por isso, é bastante normal que os teus leitores comentem algo com o qual não estão de acordo e isto deve ser considerado como algo bom.

Porque é muito difícil crescer (tornar-se melhor blogueir@) se aqueles que te rodeiam apenas te elogiam. Na verdade, se reparares, conseguimos evoluir pelas críticas (tanto construtivas como destrutivas). Por isso, há que aprender a pôr-se no lugar da outra pessoa para ver o erros que ela vê, e que éramos incapazes de reconhecer.

9# - Ausência de referências a outras páginas ou fontes
Ao deixar links para outras páginas estás a construir a reputação do teu blog, dizendo aos leitores que te informaste antes de escrever sobre determinado assunto. Obviamente, há que encontrar o equilíbrio, sendo que demasiadas hiperligações podem ser também uma fonte de distracção para o leitor.

10# - Não relatar detalhes da nossa vida quotidiana
Este último ponto é inteiramente uma opinião pessoal. Blogs sem aquele "cheirinho" de calor humano tornam-se demasiado frios. Relatar detalhes da nossa vida pode ser interessante (desde que não sejam exagerados) e importantes para suscitar a empatia do leitor e mesmo, para tornar os nossos conteúdos mais cativantes.

Estes pequenos detalhes podem ajudar-nos a encontrar o nosso estilo pessoal, ou, pelo menos, é isso que penso.

Como sempre fico a aguardar os vossos comentários. E na vossa opinião, o que pode tornar um blog desagradável?
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Encontrar o êxito no fracasso


Criar e manter um blog pode muitas vezes ser um teste à nossa determinação, persistência e originalidade. E é uma experiência que implica errar muitas vezes e sobretudo, implica aprender o essencial através desses mesmos erros.

No entanto, na era em que domina a imagem e o êxito, o valor do fracasso parece ter sido esquecido e o seu significado associado à tristeza e à depressão. A ajudar esta percepção negativa estão os estereótipos amplamente difundidos na sociedade através do cinema e dos meios de comunicação. E na realidade, mesmo o êxito parece perdurar por pouco tempo num mundo em que tudo se transforma em algo obsoleto à distância de um click.


Que tem isto a ver com manter um blog? Na minha sincera opinião: bastante! Criar um blog sem estar consciente da possibilidade de fracassar pode ser algo desastroso.

Porquê?
Muitas vezes temos sonhos e desejos que acreditamos serem impossíveis, e, por isso, os depositamos numa caixa polvorenta num recanto escuro da nossa mente até serem completamente esquecidos.


De vez em quando surge uma oportunidade que nos relembra desses sonhos, e a nossa imaginação viaja à velocidade da luz enquanto fazemos planos que até à pouco tempo seriam impensáveis.

Mas depois aparecem os obstáculos, os fracassos, as más experiências, os traumas... e um por um vamos largando os nossos sonhos sem que tenhamos sido capazes de os concretizar. Enquanto que alguns desses sonhos estão destinados a desaparecer porque vamos ganhando maturidade e criando outros interesses, outros sonhos desaparecem porque, por algum obstáculo no nosso caminho acreditamos que não éramos capazes.

O que acontece com bastante frequência quando nos lançamos na criação e manutenção de um blog. Os obstáculos que aparecem pelo caminho são enormes: a competição, a ausência de leitores, a ausência de interacção (especialmente quando tentamos estimulá-la) e de seguidores, etc.

No entanto estes obstáculos são absolutamente essenciais! Porque é através da sua superação que se desencadeará tanto a maturação do nosso blog e consolidação da nosso reputação, como o nosso próprio crescimento e eventual sucesso na vida!

Não se trata simplesmente de aprender com os fracassos, há que aprender a gostar desses fracassos. Porque é nos fracassos que encontramos todas as respostas às nossas perguntas. Temos que aceitá-los como parte essencial do nosso sucesso na vida, porque sem eles seria impossível marcar a diferença neste mundo.
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A arte de blogar

Na última entrada recomendei a todos os novos autores que criassem um blog. No entanto, acredito que essa recomendação é válida para todos os que sentem a necessidade de comunicar e interagir com outros usuários da blogosfera. E o próximo passo na criação de um blog será, naturalmente:

Saber sobre que assuntos blogar...

Em primeiro lugar gostaria de destacar que blogar é essencialmente um processo de experimentação. Por isso mesmo, as dicas de terceiros podem ser importantes para nos colocar no bom caminho mas o essencial é mesmo experimentar.

O que quero eu dizer com isto? Bem, blogar é similar a uma criação artística. Vamos tomar como exemplo o desenho e a pintura:

Para ser um artista reconhecido é necessário estudar as técnicas e a história da arte, praticar imenso estas técnicas e aprender a observar. No entanto, as nossas obras nunca ganharão o devido reconhecimento se não formos capazes de: desenvolver o nosso próprio estilo.

E para isso é necessário arriscar! Tanto nos conteúdos como na maneira de contá-los e apresentá-los à tua audiência. Mas, como o pintor, primeiro há que conhecer as experiências de outros artistas. No nosso caso, há que pesquisar e ler muitos blogs, estudar as suas estratégias e, principalmente, o comportamento dos seus seguidores perante essas estratégias.

Esses blogs a pesquisar não têm que ser dentro do âmbito que desejas explorar, porque a verdadeira riqueza e valor de um blog é a originalidade e a capacidade de ver oportunidades em todas as experiências. 



No entanto, há que definir as principais áreas sobre as quais vais escrever para que o teu blog possa ser encontrado pelos motores de busca como o Google. Por isso aqui vos deixo algumas dicas sobre como encontrar essas áreas de interesse:

1# - Escreve sobre aquilo que te apaixona
Para que um blog reúna uma comunidade de leitores de tamanho razoável pode demorar vários meses. Por isso é tão importante que escrevas sempre sobre aquilo que realmente te apaixona. Tens que parar uns minutos, pegar numa folha de papel e começar a escrever aqueles temas que mais te atraem. Leva esse papel contigo sempre saias, nunca se sabe quando algumas ideias interessantes podem surgir.


2# - Identifica as tuas áreas de conhecimento
Quando tiveres uma folha cheia de palavras chave sobre as áreas que mais gostas possivelmente vais ficar ainda mais confuso. Por isso, numa folha aparte deves definir as tuas áreas de conhecimento.
Este exercício requer também alguma introspecção. Tens que avaliar a tua vida e identificar os conhecimentos, académicos e pessoais, que foste obtendo ao longo do teu caminho. Deves também valorá-los de 1 a 10 (sendo 10 nível máximo de conhecimento sobre essa área). Alguns exemplos de áreas de conhecimento:
  • educação de jovens ou adultos,
  • cuidar de jardins,
  • história da literatura,
  • algum desporto,
  • viagens,
  • fotografias,
  • etc.
Construir esta lista implica também uma boa dose de humildade, na medida em que deves estar consciente que é quase impossível conhecer tudo sobre um assunto e reconhecer que há bastantes pessoas neste mundo que sabem mais do que tu.

Por exemplo, eu neste momento não tenho a credibilidade para dar conselhos sobre saúde (a não ser que cite algum estudo feito por especialistas ou que tenha consultado algum especialista sobre a matéria - o que acontece no jornalismo). Mas posso fazer recomendações sobre o que visitar em Madrid, porque vivo aqui desde Outubro de 2009.


3# - Um blog como uma oportunidade para aprender
Não és uma pessoa estática, és um ser humano em construção, seja qual for a tua idade, situação profissional ou financeira. E que tem isto a ver com manter um blog pessoal? TUDO!

Como podes ver na minha página de apresentação eu prometo falar de competências que ainda não são da minha área de conhecimento. O que quer isto dizer? Quer dizer não só deves tratar de assuntos que conheces neste preciso momento. Deves aproveitar o teu blog com uma oportunidade de aprendizagem!

E há medida que vais expandindo os teus conhecimentos e experiências podes contar em primeira pessoa as lições que foste aprendendo. Isto dá vida e movimento ao teu blog e manter-te-á motivado na procura de novos temas.



Há medida que vais acumulando mais experiência verás que vais encontrar temas interessante para escrever em todos os lados: numa aula, num passeio, num filme, num programa de televisão, numa conversa com amigos, nas conversas alheias... Isto porque vais, como o pintor, aprendendo a observar a realidade. No entanto, convém ter sempre um papel à mão onde podes deixar as tuas ideias, porque a tua memória é falível.

Como sempre, receio ter passado dos limites recomendados, mas espero que os conselhos que aqui vos deixo sejam úteis. As vossas sugestões e ideias são bem-vindas (como sempre)!
Até breve
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6 blogs que nos ensinam sobre blogs

Ontem escrevi sobre editoras que trabalham com a filosofia do print-on-demand, uma estratégia que envolve pouco risco para ambas as partes (autor e editores). No entanto, estou bem ciente da pouca eficácia deste tipo de estratégia e sei-o por várias razões:
  • fazer compras por internet é um hábito que ainda não está enraizado na cultura portuguesa;
  • normalmente evitamos conteúdos cujo autor não é conhecido;
  • porque os hábitos de leitura estão em declínio, principalmente nas camadas mais jovens (que são as que mais usam a internet);
  • porque estas editoras restringem as campanhas publicitárias quase exclusivamente ao seu próprio site;
  • e porque as obras editadas não aparecem nas grandes superfícies comerciais.
Podia continuar a lista durante um tempo indefinido, no entanto, acredito que os problemas mais importantes que enfrentamos actualmente são de origem cultural e derivam do desconhecimento. Por isso, para todos os novos autores a minha primeira recomendação é:

Criar um blog
Lógico, não? Mas não falo em criar um blog de maneira convencional, porque actualmente, quer queiramos quer não, a arte dificilmente vende por si mesma, especialmente se essa arte se baseia em palavras. As palavras são uma forma de arte "lenta" (pelo menos na minha opinião) e o prazer que tiramos da sua leitura não é imediato.

No entanto, os blogs continuam a ser óptimas ferramentas, revividos pelas novas estratégias de marketing que visam "vender" aos seus clientes os chamados intangíveis, ou seja, propriedades que não têm preço.

Um exemplo claro do que estou a falar é o caso da Gallina Blanca (eu sei que não tem nada a ver, mas acreditem que esta reflexão tem um objectivo). Esta empresa que comercializa caldos e pastilhas para cozinhar consegue uma multidão de fãs porque na sua página, em vez de fazer simples publicidade aos seus produtos, oferece, de forma gratuita (eu sei que é uma redundância) aos seus visitantes dicas, receitas e muito mais.

Onde quero chegar com isto? Saber escrever é algo que vem com muito trabalho e dedicação, que a maior parte das vezes não é recompensado. Por isso, antes de começares a vender o teu livro (que no fundo é o teu produto) convém que as pessoas já tenham ouvido falar do teu nome, ou seja, que conheçam a tua marca. Não é um trabalho fácil, exige tempo, dedicação, mas exige sobretudo motivação e vontade de partilhar experiências e conhecimentos.

É nesta partilha dos conhecimentos que adquirimos, tanto no processo da escrita como na fase de investigação para as nossas obras que podemos ser úteis aos outros. São cada vez mais as pessoas usam a internet para se informar e para se formar. Há que aproveitar esta procura para aparecer e para gerar conteúdo interessante.

Com tempo podemos tornar-nos numa referência por fornecer respostas e resolver problemas, e com isso, vender a nossa obra será uma tarefa mais fácil. Não tanto pela nossa evolução a nível da qualidade da escrita (pessoalmente penso que manter um blog também ajuda muito os que aspiram tornar-se escritores) mas porque construímos uma reputação e uma relação de confiança com os nossos leitores.

Mas antes de meter as mãos na massa há um passo essencial por concluir: ESTUDAR!
Sim, leram bem, é preciso estudar. Por isso mesmo deixo aqui uma lista dos sites que mais me ajudaram a perceber e a tirar melhor partido do meu blog:

#1 - Escola de Ganhar Dinheiro
Excelente site com imensas dicas e tutoriais fáceis de entender, com conteúdos de muito boa qualidade. É acessível mesmo para quem não entende de blogs ou programação em internet. Ainda que seja mais dirigido aos que querem ganhar dinheiro com os seus blogs, as dicas são perfeitamente úteis para quem aspira a ter uma página com muitas visitas e muita interacção com os leitores. O melhor de tudo é que é um projecto em português!

#2 - Ferramentas Blog
Excelente blog com muitas dicas e um especial destaque para os explicativos e informativos tutoriais que, passo a passo nos ajudam a construir um blog de grande qualidade. Pessoalmente foi um dos primeiros que encontrei e ajudou-me a definir o meu rumo no vasto mundo da blogosfera. É um blog brasileiro e um excelente exemplo (assim como os outros dois que aparecem mais abaixo nesta lista) da grande qualidade da blogosfera deste país!

#3 - Social Media Examiner
As dicas e artigos são mais dirigidos a empresários, no entanto, creio que são igualmente válidos para aqueles que querem saber como melhor gerir um blog. Está em inglês, mas está escrito de uma forma bastante leve, sendo uma leitura amena e de fácil compreensão.

#4 - Dicas Blogger
Mais um blog de dicas, desta vez dedicando-se ao Blogger com mais profundidade (que é o que eu uso!). Excelente secção de primeiros passos com tutoriais fáceis de interpretar.


#5 - ProBlogger
Interessante blog em inglês com bons artigos que nos ajudam a desenvolver as nossas capacidades enquanto blogueiros. Basta pesquisar: "blogs for beginners" ou "tutorials" e começar a aplicar as dicas.



#6 - iceBreaker
A única razão pela qual pus esta página em último foi pelo facto de ainda não ter tido tempo de a explorar devidamente. Possui interessantes dicas para Blogger e Twitter e Software útil para internet.


Construí esta lista de acordo com critérios pessoais, por isso não posso esperar que todos estejam de acordo comigo. Num próximo post gostaria de falar sobre como tratar os conteúdos de um blog e como saber sobre que assunto devemos escrever.
Mas para já gostaria de saber a vossa opinião: os sites que recomendo parecem-vos úteis? conhecem outros lugares a visitar?

Espero os vossos comentários.
Até breve...
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4 editoras para novos autores

Dedico este artigo aos portugueses aspirantes a escritores (como eu!!) que esperam por uma oportunidade para publicar os seus trabalhos.


Escrevi um livro, e agora?


Quando comecei a investigar sobre este tema apercebi-me da imensidão desta comunidade, tanto em Portugal como para além das nossas fronteiras, e espantou-me a falta de oportunidades e as dificuldades que um autor passa para encontrar um editor disposto a publicar.


Ao tentar perceber a razão lembrei-me das palavras de um professor meu: há dois tipos de empresas, as líder, que inovam e arriscam e aquelas que preferem jogar pelo seguro, apenas copiando métodos e estratégias que tenham sucesso noutras empresas ou mesmo noutros países, assegurando o seu lucro.

Mencionei isto porque, as grandes editoras são, antes de tudo, grandes empresas e, principalmente em tempos de crise, inovar está fora de questão. Por isso, para todos os escritores desconhecidos pelo público em geral, que não pertençam a nenhuma família influente na nossa sociedade, publicar é uma missão quase impossível.

A internet e as novas tecnologias da informação, mais que mudar alguns modelos de negócios, provaram ser o nicho perfeito para o crescimento de novos e inovadores serviços. E ainda que Portugal tenha apenas copiado este tipo de empresa doutros países, não posso deixar de dar os meus parabéns aos empresários que se atreveram a dar uma oportunidade aos escritores principiantes.

Estas editoras oferecem os seus serviços através das suas páginas web. Ajudando também o autor principiante em todos os passos da publicação, desde a obtenção do código ISBN até ao processo de edição. Raramente se recusam a publicar alguma obra, basta que o autor envie o pdf e escolha a modalidade de negócio. É um tipo de publicação sem grandes riscos ou investimentos, uma vez que usam a estratégia de print-on-demand. O que significa que só se imprime uma cópia do livro quando esta é solicitada pelos compradores.

Abaixo apresento uma lista dessas editoras que têm mais relevo em Portugal.



Criada em Dezembro de 2007 e liderada por Angel María Herrera Burguillo. Definem-se como uma ferramenta de ajuda ao autor adaptada aos novos tempos.



Criada em 2008 vende não só livros de autores conhecidos como apoia os novos talentos portugueses na escrita.


Sítio do Livro

Criada em Abril de 2009 e liderada por António Arriaga. Uma empresa familiar que promete apoiar o crescimento de novos autores portugueses.



Lulu.com

Uma comunidade internacional fundada por Bob Young. Aqui a promoção das obras é mais dependente do próprio autor. Mas é a opção ideal para quem aspira passar além fronteiras.





Contudo, ainda é difícil ganhar algum dinheiro ou reconhecimento com este tipo de editoras. Muitos dos autores que usam este canal confessam-se descontentes pela falta de publicidade. No entanto quero aqui deixar uma ideia para um próximo post: com todas as ferramentas e redes sociais gratuitas que há disposição de qualquer um tornou-se mais fácil promover as nossas obras.

Espero em breve ser capaz de desenvolver todas as ideias e teorias que tenho sobre o uso da internet para promover a nossa própria imagem.

Quanto ao tema de hoje aguardo sugestões e críticas, porque só com diálogo é que terei a oportunidade de melhorar.

2 com

Momentos nesta vida

Há momentos na vida em que a realidade nos atinge em cheio e não deixa espaço para queixas e argumentos. São momentos em que percebemos que forma como vivemos a nossa vida é simplesmente errada ou incompleta. São momentos em que a vida passa diante dos nossos olhos e nos damos conta de todos os comportamentos e pensamentos errados que fomos repetindo, quase sem nos apercebermos.
Até este momento sempre encarei as más decisões que tomei como sítios de passagem, como grandes salas de espera. Nunca pensei em fazer nada mais do que aquilo que tinha planeado ao princípio da viagem, nem nunca me ocorreu fazer nada mais do que esperar pela minha próxima oportunidade. Mas todo este tempo à espera fez-me perceber que não basta agarrar as oportunidades, há que saber aproveitá-las, mesmo que tenhamos que percorrer caminhos que nunca antes percorremos ou fazer coisas que nunca antes fizemos.




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