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Ajuda...

Por muito que me custe, sei que vou ter que enfrentar todos os esqueletos que guardei no armário estes últimos tempos... esquecer um assunto, um problema nunca foi uma opção muito sensata.
Mas na altura esquecer aquilo que me fazia sofrer parecia a opção mais fácil... eu sabia que ia chegar ao dia em que as barreiras que construí iam ceder, eu sabia, mas sempre foi mais fácil fingir que isso simplesmente não ia acontecer.

Não ter medo de pedir ajuda... é um medo contra o qual não sei se consigo lutar. No final de contas eu sempre fui um pouco orgulhosa... Apesar de só as pessoas que me conhecem muito bem se possam ter apercebido.

Aliás, para mim nunca teve muito sentido pedir ajuda, sempre achei que era capaz de me valer sozinha, de atravessar os obstáculos e de vencer...
Mas agora, sinto que não é bem assim, que eu recuo perante os obstáculos, que me fecho e deprimo quando as coisas não correm como eu quero, que me encho de pessimismo de cada vez que traço algum plano mais arrojado para o futuro...
Sinceramente, não sei se será possível vencer esse grande bloqueio, ou se posso apenas esperar ser capaz de o controlar...

Não seria bom que eu, por uma vez na vida fosse capaz de fechar os olhos, sorrir e dizer: "Tudo vai correr bem..."!?

Música:
"Cry" de Rhianna
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África minha


Estive a pensar naquilo que escrevi na última vez, que entre agora e a minha velhice não tinha quaisquer planos na minha cabeça...
Afinal era mentira, eu tenho planos, mais sonhados do que pensados com seriedade...
Sempre pensei que queria viajar para fugir de mim, dos meus problemas, aliás foi o que sempre me foi dito...
Mas agora que cresço, agora que pareço mais consciente daquilo que quero para mim... se calhar não é assim tão mau esse meu plano.
Espero daqui a uns tempos ir para África e ter a coragem de não recuar... e lá ficar o tempo que precisar, se calhar tirar imensas fotografias, escrever um livro...
É um bonito sonho... só espero ser capaz de o concretizar:)
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Sonhar...


É engraçado que quando começo a pensar no meu futuro acabo por fazer sempre imensos planos para quando envelhecer. Como abrir uma livraria para sentir o doce cheiro do couro dos livros envelhecido... desejos um pouco infantis, mas uma parte de mim sempre adorou esses planos.
Também gostava imenso de abrir uma pousada nas montanhas, se calhar oferecer um escape, uma possibilidade para que as pessoas consigam a paz de espiríto que agora parecemos todos procurar...
Mas entre abrir uma livraria, um restaurante, pousada seja lá o que for, a minha vida e os meus sonhos entram num grande vazio do qual sei que não posso escapar!
Todos procuramos coisas que nos tornem diferentes aos olhos do mundo, alguns cantam, outros actuam e dançam... eu queria simplesmente escrever um livro. Mas agora parece um cliché quase, toda a gente escreve um livro nalguma altura da sua vida. Em que sentido poderia isso diferenciar-me dos outros grãos de areia que povoam este deserto sem fim...?

Sinceramente não creio que isso será alguma vez possível para mim, a minha vida vai continuar, tal como sempre o fez, sem grandes surpresas e percalços. Talvez isso não seja mau de todo... já é melhor do que tudo corra mal...
Estou a brincar obviamente, mas a verdade é que perdi toda e qualquer motivação para continuar a escrever neste blog, por isso decidi simplesmente disparatar, não há nada que eu tenha a perder!

Há uns tempos andava entusiasmada com uma operação que queria mesmo fazer para melhorar o meu aspecto, não gosto de me ver e nunca escondi isso de ninguém e acho contraproducente que as pessoas me tentem fazer ver a minha imagem de uma forma positiva... Simplesmente não resulta, porque isso é algo que tem que vir de mim e não pode de forma nenhuma partir dos outros...
Contudo, descobri que a operação é demasiado arriscada, e eu também não sou maluca ao ponto de achar que o aspecto físico é algo demasiado importante para que eu me arrisque numa mesa de operações! É como alguém disse alguma vez, temos que ser capazes de aceitar as coisas que não podemos mudar e ter a coragem de mudar aquilo que devemos.

Depois de um mês de volta a terras lusas cheguei à conclusão que não mudei assim tanto, apenas ganhei uma nova consciência em relação a mim mesma... afinal é preciso bem mais do que uns simples 5meses fora de casa para mudar certas coisas que me parecem agora impossíveis de mudar.

Música:
"Choose to love" de Rita Redshoes...
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O que mais me fascina...


É mesmo típico meu, adiar tudo até à última e, apesar de desejar muito escrever, não o ser capaz... como se as palavras pesassem mais que ferro e se agarrassem a mim com garras de fogo...

De repente tudo parece errado, mas estranhamente calmo, como se a minha vontade e sonhos morressem numa morte lenta, desprovida de angústia e dor... ou apenas partissem num grande comboio para longe de mim.



Alguma vez serei capaz? Serei capaz de conquistar aquilo que tanto anseio para mim...? Ou vou continuar a sonhar sonhos bons com os olhos bem fechados para esta vida...? Quanto tempo mais posso continuar a fugir à vida que passa agora diante dos meus olhos, quanto tempo mais posso eu esconder-me...? Quanto tempo vou demorar até parar esta fuga ridícula e encarar aquilo que receio...?


Contudo há sempre coisas que conseguem alegrar o meu dia:

  • Os sorrisos vincados e olhares calorosos;

  • Cabelos com personalidade, despentedos e rebeles;

  • Mãos com calos;

  • Vozes doces e fortes;

  • Abraços;

  • Boas surpresas;

  • Beijos fofos;

  • Andar pela rua com um sorriso na boca;

  • Olhar para tudo como se fosse a primeira vez;

  • Faces coradas...

Apesar de tudo não consigo sossegar, não consigo sentir-me satisfeita, apenas prevalece a vontade de correr descalça e apanhar o comboio que me levará para a terra dos sonhos...
É verdade, fez ontem um mês desde que voltei das Canárias. Parece que foi à mais tempo...
Música do dia:
"Clandestino" de Deolinda
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Pensamentos

Sinceramente, já não sei o que escrever e mesmo quando o sei sinto dificuldades em começar... Muitas ideias passam pela minha cabeça todo o dia, muitas delas passam e desaparecem para nunca mais serem lembradas, mas, raramente aparecem umas outras que me deixam inquieta e não me deixam sossegar!

Hoje pus-me a pensar naquilo que me espera nos próximos tempos... fiquei especialmente triste ao pensar que, é bem possível que estes sejam os meus últimos tempos na faculdade, a envergar o traje, a jantar com o pessoal do curso num clima bem de festa, a festejar a queima e ansiedade para que ela chegue... os últimos cafés para matar o sono pela manhã, as aulas que parecem intermináveis, os almoços em cantinas atafulhadas...


No entanto, e, deixando essa nostalgia de lado, acho que é ainda demasiado cedo para pensar nessas coisas! Enquanto tenho tempo devo é desfrutar de tudo isso e acarinhar todos os momentos que ainda me esperam... :)


Mas não foi por isso que tive hoje vontade de escrever... como sempre, parece que tenho que começar por um assunto qualquer até sentir inspiração suficiente para escrever aquilo que realmente desejo!


Numa aula hoje falamos sobre a água e o bem precioso que é para todos nós, falamos também nas desigualdades da sua distribuição, irresponsabilidade nas suas aplicações e o pouco interesse por parte dos governantes em preservá-la...

Não é por acaso que falo nisto, é bem possível que eu seja ainda viva quando a verdadeira crise começar... e continuamos nesta letargia como se a água fosse um bem infinito...
Pensando nisso, era algo pelo qual eu gostaria de lutar! Acho que o Homem deve lutar por aquilo que acredita, se não o fizer esta vida será vazia. Mesmo que atinga todos os seus objectivos, que case, tenha filhos, escreva livros, plante uma árvore... se deixar as suas crenças morrerem, ou viverem apenas no mundo espiritual, nada de novo terá nascido ao mundo.
Às vezes penso se esta vida não será demasiado curta para que todos nós tenhamos a nossa oportunidade...
Música do dia:
"One last chance" de James Morrison
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A tentar voltar à normalidade!

Durante todas aquelas arrumações dei por mim a encarar a ana dalguns anos atrás... ao contrário daquilo que tinha na minha ideia (pensava que ia encontrar uma miúda tímida, fechada, pessimista) encarei uma criança com sonhos e com uma alegria esperançada, de que um dia ia ser capaz de os concretizar!


Isso surpreendeu-me muito, porque, apesar de achar que mudei imenso há uma parte de mim que nunca muda... ainda bem!










Ainda estou a tentar voltar à normalidade... com esta mudança tão bruta de local; com mentalidades, climas, paisagens tão diferentes! O facto de já não falar espanhol diariamente, da minha antiga rotina ter sido desfeita é um pouco chocante!


Ajuda também o facto de ter saído de lá com um espírito de festa... e assim guardo ainda mais recordações e saudades. Por isso me tem custado tanto aceitar que, pelo menos por mais uns meses fico por cá...
Não que eu tenha muito planos que me afastem daqui, nem que tenha as ideias já definidas de tal forma que se comece já a acumular uma certa ansiedade no meu peito... eu simplesmente tenho esperanças e sonhos e uma certeza de que algo se há-de concretizar.
Depois de toda esta experiência esta deveria ser a altura para fazer o balanço dos acontecimentos, contudo sinto que ainda não estou preparada, que muitas das mudanças que lá se iniciaram ainda vão tardar em terminar.

As fotos deste post: a primeira foi nos anos da Lu num restaurante chamado Vips, e a segunda foi na nossa sala de aulas com a nossa turma de mergulho!

Música do dia:
"Colors" de Amos Lee
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