Sonhar...


É engraçado que quando começo a pensar no meu futuro acabo por fazer sempre imensos planos para quando envelhecer. Como abrir uma livraria para sentir o doce cheiro do couro dos livros envelhecido... desejos um pouco infantis, mas uma parte de mim sempre adorou esses planos.
Também gostava imenso de abrir uma pousada nas montanhas, se calhar oferecer um escape, uma possibilidade para que as pessoas consigam a paz de espiríto que agora parecemos todos procurar...
Mas entre abrir uma livraria, um restaurante, pousada seja lá o que for, a minha vida e os meus sonhos entram num grande vazio do qual sei que não posso escapar!
Todos procuramos coisas que nos tornem diferentes aos olhos do mundo, alguns cantam, outros actuam e dançam... eu queria simplesmente escrever um livro. Mas agora parece um cliché quase, toda a gente escreve um livro nalguma altura da sua vida. Em que sentido poderia isso diferenciar-me dos outros grãos de areia que povoam este deserto sem fim...?

Sinceramente não creio que isso será alguma vez possível para mim, a minha vida vai continuar, tal como sempre o fez, sem grandes surpresas e percalços. Talvez isso não seja mau de todo... já é melhor do que tudo corra mal...
Estou a brincar obviamente, mas a verdade é que perdi toda e qualquer motivação para continuar a escrever neste blog, por isso decidi simplesmente disparatar, não há nada que eu tenha a perder!

Há uns tempos andava entusiasmada com uma operação que queria mesmo fazer para melhorar o meu aspecto, não gosto de me ver e nunca escondi isso de ninguém e acho contraproducente que as pessoas me tentem fazer ver a minha imagem de uma forma positiva... Simplesmente não resulta, porque isso é algo que tem que vir de mim e não pode de forma nenhuma partir dos outros...
Contudo, descobri que a operação é demasiado arriscada, e eu também não sou maluca ao ponto de achar que o aspecto físico é algo demasiado importante para que eu me arrisque numa mesa de operações! É como alguém disse alguma vez, temos que ser capazes de aceitar as coisas que não podemos mudar e ter a coragem de mudar aquilo que devemos.

Depois de um mês de volta a terras lusas cheguei à conclusão que não mudei assim tanto, apenas ganhei uma nova consciência em relação a mim mesma... afinal é preciso bem mais do que uns simples 5meses fora de casa para mudar certas coisas que me parecem agora impossíveis de mudar.

Música:
"Choose to love" de Rita Redshoes...

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