8 dicas para superar o medo de falar em público (parte I)

Encaras a multidão e, de repente, aquela massa disforme de gente é toda olhos e ouvidos que te fixam com grande expectativa.

Sentes um aperto na garganta, suores frios percorrem as tuas mãos e um incêndio desencadeia-se nas tuas faces. Tentas engolir em seco, e mais parece que acabas de engolir uma pedra.

Neste primeiro contacto com o monstro disforme de muitos olhos o pânico faz-te esquecer tudo. Esqueces as palavras que tanto ensaiaste, o tema que tanto pesquisaste. Esqueces tudo o que se passou antes daquele momento...
créditos: Claus Rebler

Soa-te familiar?

Não te preocupes, tenho a certeza que não és o único. Pelo menos agora já somos dois!

A partir deste momento quero que esqueças todas as dicas que te contaram sobre como superar o medo de falar em público. Porque a acção sem uma clara intenção, sem motivação é como ter um barco e não ter um único mapa -- tens o instrumento, mas não sabes que direcção deves tomar.

Ser bom orador está ao alcance de todos


À alguns anos eu tinha pânico de multidões. As palavras ficavam-me sempre presas na garganta quando estava na mira de muitas pessoas.

Sim, eu era uma desgraça total, não tenho quaisquer dúvidas disso. E durante essa época da minha vida, em que a timidez me consumia, muitos professores não se cansaram de apontar a minha falta de talento para comunicar. Para muita gente era sinal de que eu devia sentar-me atrás duma secretária e conformar-me com o rumo da minha patética vida.

Embora nesse momento as suas palavras me tenham magoado, usei a minha frustração para aprender a comunicar. Se os outros eram capazes, eu também tinha o potencial de me tornar numa excelente oradora.

Agora, depois ter crescido a ouvir que eu nunca seria capaz, descobri uma imensa alegria em comunicar. Descobri que comunicar é algo que faz parte de nós enquanto seres humanos, não é uma questão de talento, é um direito nosso. Um direito que devemos agarrar com ambas as mãos.

Porque te conto um pedacinho da minha história?

Não é para que me admires e elogies, é para saibas que se eu fui capaz de mudar, tu também és.

A ideia de que os humanos são seres estáticos, de que não podemos evoluir e de que não nos devemos atrever em áreas que estão para lá dos nossos talentos, para além de ser estúpida revela um baixo nível de maturidade e desconhecimento sobre a verdadeira essência do ser humano.

Portanto, a partir deste momento, sempre que te disserem que não tens talento para algo e isso te deixar triste quero que penses que essa pessoa não tem o direito de definir aquilo que podes ou não podes ser e fazer com a tua vida. Os limites que os outros te impõe são, muitas vezes, limites que criaram para si próprios.

Superar o medo


1. Entende o teu medo


Quando estamos a limpar a nossa casa somos obrigados a mexer em lixo. Ele está lá e isso não é algo que possamos ignorar.

O mesmo se passa em relação à arte de comunicar. Temos que mexer em lixo, no nosso lixo, aquele que não nos deixa pôr a descoberto as nossas qualidades naturais.

Esse lixo são os nossos medos, uns mais irracionais que outros. E se não tiveres a coragem de os entender nunca poderás aprender a ultrapassá-los.

Por isso é que muitas dicas sobre como falar em público falham. Na maior parte das vezes são dicas impessoais, centradas em problemas externos. Como por exemplo:
Tenta não olhar para o chão enquanto estás a falar.

Nunca cruzes os braços.

Coloca sempre o pé esquerdo à frente (esta estou a inventar).

São sempre conselhos válidos, não estou a dizer o contrário. Mas de nada servem quando tiveres que enfrentar os olhares expectantes de uma multidão.

Neste primeiro ponto quero que te lembres de todas as tuas experiências enquanto orador (ler diante da turma, fazer uma apresentação, etc.). Quero que relembres todos os detalhes possíveis:



  • Tiveste medo?

  • O que é que pensaste?

  • O que é que sentiste?

O meu principal medo era sentir-me demasiado exposta e isso deixava-me vulnerável, transparente e despida diante da minha plateia. Uma sensação aterrorizante para mim.

Tinha medo daquilo que os outros pudessem pensar de mim. Será que vão achar a minha voz estranha? Será que se vão rir quando eu corar?

2. Questiona o teu medo


Agora que já definiste os teus medos chegou o momento de os desafiares.

Os nossos medos mais profundos estão unidos por uma característica especial: são quase todos irracionais. Por isso, para os ultrapassar devemos começar por tentar reconstruí-los a partir da nossa lógica e racionalidade.

Para o fazeres deves descrever os teus medos até ao mais ínfimo detalhe e começar a pôr em causa a sua importância.

Por exemplo, quando temos medo de nos expormos aos outros podemos fazer as seguintes perguntas:

  • Os pensamentos dos outros podem magoar-nos?

  • Será que essa característica poderá ajuda-me a criar empatia com a minha plateia?

  • Se não posso mudar a minha vulnerabilidade (ou outra característica menos positiva) como posso usá-la a meu favor!?

Muitas vezes somos cegos a uma simples verdade: não são as nossas qualidades que nos tornam diferentes dos outros, são as nossas pequenas particularidades, a que muitas vezes chamamos defeitos.

3. Abraçar a nossa vulnerabilidade é fundamental


Construir um muro de cimento entre ti e a multidão não é comunicar. É um simples acto de transmissão e exposição de conhecimento, sem que ocorra uma verdadeira interacção entre ti e a tua plateia.

Quando se trata de comunicar a interacção é fundamental. Por isso, ser um bom orador tem mais a ver com saber despir-se diante da multidão (não no sentido literal claro).

Se não te mostrares superior nem inferior à tua audiência crias um espaço para algo muito importante: a empatia!

A empatia é importante porque comunicar é, acima de tudo, um processo emocional. Mostra-te como és, sem fazeres o papel de coitadinho ou de vítima. Esquece as tuas defesas por um pouco. E acredita que aquelas pessoas que te fixam são exactamente como tu, com todos os defeitos e medos, com todas as esperanças e sonhos à espera de serem concretizados.

4. Sê honesto


Nada é mais autêntico e atraente que a honestidade (ou autenticidade, como queiram chamar-lhe).

Por isso, se o tema de tua apresentação não convida a sorrir, não sorrias, porque só vais parecer patético.

Define bem os teus sentimentos em relação a determinado tema e usa a tua insatisfação, indignação, raiva e todos os outros sentimentos fortes, para cativar a tua audiência.

Explora as situações em que os teus ideais chocam com a realidade para mostrar as tuas ideias. Não te fiques pelo convencional, nem pelos sorrisos correctos. Quem comunica quer marcar uma posição, por isso, deves definir bem e fazer uso dos teus sentimentos para transmitir a tua paixão à multidão expectante.

Mas por favor nunca comeces uma apresentação dizendo que estás nervoso. Não resulta. E para além de não resultar, destrói a tua auto-confiança. Essa atitude é como dizer:
Eu não tenho qualquer responsabilidade sobre aquilo que vai acontecer a seguir. Por isso, se correr mal, a culpa é dos meus nervos.

Com isto a tua plateia fica avisada sobre o comportamento que deve esperar de ti. E passará a agir em resposta a isso: desprezando os teus esforços e capacidades. Porque neste momento te mostras frágil e impotente perante as tuas próprias emoções.

Com essa atitude só consegues perder a tua plateia antes de teres sequer a oportunidade de a conquistar.

Por isso larga já essa mania, tens prazer em ser rotulado de coitadinho?

Acredita, quando está diante de uma plateia só tu sabes o que tens a dizer, mais ninguém o sabe. O poder está do teu lado, não o entregues de mão beijada à tua audiência.

Porque muitas vezes, quando erras numa apresentação és quase sempre o único a notá-lo. Outra forma de olhar para isto é pensar: nada do que faças vai ser errado!

Para a semana publico a continuação do artigo. Até lá aguardo os vossos comentários.

O que sentes sempre que tens que falar em público?

Podes ler a segunda parte deste artigo aqui.

45 comentários:

zango | 23 de janeiro de 2011 às 19:24

O medo de falar em público está entre os maiores medos, isto se deve a inúmeros fatores, tais como, medo da crítica, medo por estar exposto, traumas e vivências da infância dentre tantos outras questões. Há pessoas que preferem enfrentar um leão do que subir num púlpito ou se colocar diante de um microfone. Sugestão de leitura para quem ler este comentário, leia o livro Os Quatro Gigantes da Alma, de Emilio Mira e Lopez

Ana Reis | 23 de janeiro de 2011 às 19:48

Olá Zango, muito obrigada pela sua participação.
Eu costumava ser assim, preferia atirar-me aos leões do que enfrentar uma multidão. Mas superei esse medo, e ao superá-lo descobri uma imensa alegria em comunicar! Por isso escrevi este artigo, acredito que é possível mudar, comunicar é um direito e não um talento.
Não conhecia o livro que indicou, obrigada :)
Um abraço

Marisa Lopes | 24 de janeiro de 2011 às 00:00

Falar em público! HORRIVEL. Tenho tudo preparado, tópicos mais do que interiorizados, sequencia bem definida mas quando chega a hora H a minha mente fica vazia.. Entra tudo em curto circuito, o que digo (pelo menos para mim) não faz qualquer sentido, aparecem palavras soltas vindas do além e que necessitam de um tradutor, ou seja, consigo pensar em tudo excepto no objectivo de me encontrar ali..
Solução: talvez gravarmo-nos a nós próprios, corrigirmos as nossas falhas e não nos preocuparmos tanto com os julgamentos dos outros.. Afinal, estamos todos no mesmo barco e eu até fico solidária quando o caso é o aposto.. Beijinhos

Ana Reis | 24 de janeiro de 2011 às 22:07

Marisa, nem acredito que estou a receber um comentário teu! Obrigada :) sabe mesmo bem.
Acho que todos passamos por essa experiências, nuns casos ela é mais intensa que noutros. Mas muitas vezes é esse medo natural esconde ou serve de camuflagem ao sentimento espectacular que é comunicar e criar ligações com outras pessoas.
Acho que vivemos tanto tempo das nossas vidas a convencer-nos de que comunicar é difícil que nos esquecemos que, enquanto seres humanos esse é um dos nossos direitos fundamentais.
Bjocas enormes

Jéssica | 27 de janeiro de 2011 às 14:50

Adorei seu post.
Eu tenho medo de falar em público, quando vou apresentar algum trabalho na escola. Espero que ajude-me.

Bjoos.

Ana Reis | 27 de janeiro de 2011 às 18:59

Olá Jéssica! Sê muito bem vinda ao meu blogue.
Muito obrigada pelo comentário, fico feliz que tenhas gostado do post.
Desejo-te muita sorte para superares esse medo. Eu também tive que lutar para o superar, por isso compreendo aquilo que deves sentir sempre que tens que encarar os teus colegas e amigos na escola. Aproveita esses momentos para aprender a descontrair em público, a desfrutar de falar para os outros. Saber comunicar abre muitas portas e, não te esqueças: comunicar não é um talento, é um direito!
Um grande abraço

franciely | 16 de março de 2011 às 19:34

Olá, eu gostei muito dessas dicas, vou segui-las!

Simone | 4 de abril de 2011 às 01:29

Ana,
Gostei muito deste post, a minha situação é crítica que até vou fazer terapia, pois tenho pavor de falar em público e olha que sou formada em Comunicação.
Beijos na alma,

Ana Reis | 4 de abril de 2011 às 09:03

Olá Simone, muito obrigada pela visita e pelo comentário.
À bem pouco tempo teria dito que a minha situação também era crítica. Eu também tinha pavor de falar em público, por isso percebo perfeitamente aquilo que deves sentir! Superar o medo de falar em público é um caminho muito pessoal e caótico. Mas se sonhas em conseguir comunicar de forma eficaz com um grande número de pessoas não desistas desse objectivo.
Sempre que temos medo de algo vemos isso como um sinal para desistir e recuar. Mas eu penso que atrás de grande medos se escondem grandes oportunidades. E, na realidade, superar o medo de falar em público é uma questão de prática e de consciência da imagem que estamos a transmitir.
A ajuda profissional é sempre valiosa. E se tiveres a oportunidade penso que deves usá-la para acelerar o teu crescimento.
Um grande abraço

Ana Reis | 4 de abril de 2011 às 10:09

Olá franciely, muito obrigada pelo comentário.
Fico feliz que tenha gostado das dicas. Esperam que te ajudem a superar a ansiedade de falar em público.
Um grande abraço

Gabi | 9 de abril de 2011 às 16:29

olá Ana :] primeiramente quero falar que adoreeeei o post, eu estava procurando dicas de como falar em público, apresenta rtrabalhos e finalmente parece que achei alguém que me entenda kk tenho 15 anos e até então nunca tinha superado meu medo de apresentar trabalhos escolares. Eu sempre fico muito nervosa, meu coração parece que vai pular pela minha boca, tremo bastante.. enfim é horrível! Por isso, vim aqui pra tentar tirar isso de mim. Bom, eu tinha que apresentar um trabalho de espanhol muito importante, li o post e pensei: vou tentar. Quando chegou a vez do meu grupo, os sintomas tomaram conta de mim: o medo de falar,
e o que os outros vão pensar? será que eu tô tremendo muito? estão rindo? e mais uma vez não consegui apresentar, pedi pra minha amiga ler minha parte.Mas lá na frente percebi, que as pessoas nem tinham notado que eu não tinha falado, na verdade, na maioria da vezes elas nem prestam atenção no que vc tá dizendo. Minha professora me deu os pontos da apresentação pq pelo menos eu tentei.No dia seguinte eu tinha um outro trabalho pra apresentar e dessa vez eu ja sabia qual seria a reação das pessoas: nenhuma kk Finalmente eu lembrei das dicas e pensei "ah que se ferre todo mundo eu vou falar e pronto" nem pensei mais em nada
e quando me dei conta já estava lendo o slide :D Gente, se vocês tiverem com medo, fale com seus amigos, devem pedir ajuda do seu grupo, foi o que fiz. todos me incentivaram e me ajudaram. Na hora nem olhei pras
pessoas, olhei apenas pra parede e falei, depois eu comecei a olhar pra turma e nem tive medo. Você tem apenas que tentar,ao menos ir lá pra frente com o grupo, mesmo que não dê coragem de falar nada, vc vai ver que não é tão difícil, e que as pessoas não dão a mínima pra o que você fala, elas nem prestam atenção :] Depois de perceber isso, tente falar, vc vai se sentir super bem.O primeiro passo é ir lá na frente. Leia sua fala se vc não tiver tão confiante. Depois vc vai conseguindo superar isso tbm!
bjs :*

Ana Reis | 10 de abril de 2011 às 14:59

Olá Gabi. Fico muito feliz por teres partilhado connosco um pedacinho da tua história!

Acho que foi uma atitude muito corajosa e é, sem dúvida, uma experiência enriquecedora, para ti e para todos aqueles que lerem o teu comentário.

És ainda muito jovem, tens tempo de sobra para superar o teu medo de falar em público. E, quem sabe, um dia pode ser que descubras paixão em comunicar com uma plateia de desconhecidos.

Superar este medo tem tudo a ver com dar passos pequenos e aceitar riscos com os quais seremos capazes de lidar. A confiança para nos comunicarmos bem reside em:

1) Desenvolver uma visão verdadeira da situação.
Que foi exactamente o fizeste ao perceber que, na maior parte das vezes as pessoas não estão focadas em nós. Na verdade, na maior parte das vezes as pessoas estão apenas preocupadas consigo próprias.

Se criarmos uma imagem falsa e exagerada daquilo que verdadeiramente acontece quando encaramos um grupo de pessoas estaremos a sabotar o nosso crescimento. É importante construirmos uma imagem real de nós próprios. Porque quando o fizermos deixaremos de usar as atitudes da nossa audiência como referência para avaliar as nossas qualidades.E passaremos a reconhecer o estado de espírito das outras pessoas e usá-lo para ajustar a forma como nos comunicamos, sem que isso mine a nossa auto-confiança.

2) Praticar é essencial. Como já deves ter percebido, quantas mais apresentações fizeres mais vais construindo a tua auto-confiança. Elogios dos outros de pouco servem quando temos que enfrentar uma situação que é aterradora para nós. Apenas ao arriscar e manter uma visão positiva dos acontecimentos podemos construir uma confiança sólida nas nossas capacidades.

Escreveste sobre um ponto muito importante: pedir ajuda. A maior parte das pessoas acharia isso um acto humilhante. Mas eu penso que é o mais nobre dos actos: porque não aproveitar a experiência dos outros para enriquecer as nossas vidas?

Até porque, na maior parte das vezes, as pessoas ficam mais do que felizes por poder ajudar. Entreajuda é uma acção poderosa que pode apagar muitos medos.

Muito obrigada Gabi,
desejo-te muita sorte na tua jornada!

JulioCésar | 11 de abril de 2011 às 21:22

Meu medo de falar em publico é muito grande , me preparo, faço resumos do que vou falar , mas quando chega a hora de apresentar algum seminario, o nervosismo é extremo , e o principal sentimento é que acabe logo. com isso falo poucos minutos , o que irrita muitos professores , principalmente por que eles sao doutores na arte de dar aula.

Ana Reis | 17 de abril de 2011 às 11:50

Olá Julio, obrigada pela visita e por partilhares a tua experiência.
Eu entendo o que queres dizer. Acredita que se conhecesses o teus professores quando estavam apenas a começar ficarias espantado. Algumas pessoas ficam tão confiantes diante de uma plateia simplesmente porque têm mais prática e, essa prática, ajudou-os a construir a sua confiança.
Depende muito como te vês a ti próprio. Ás vezes temos uma imagem tão distorcida de nós que cada minuto que temos que nos expor aos outros se torna uma tortura. E esses minutos acabam por minar ainda mais a nossa confiança e distorcer ainda mais a nossa imagem.
É necessário entendermos que somos seres humanos, com sonhos e receios, tal como as pessoas que nos encaram quando estamos lá à frente a tentar transmitir uma mensagem. Não somos nenhum extraterrestre que as pessoas se vão divertir a dissecar na sua cabeça. Somos apenas uma pessoa com algo a dizer.
Custou-me interiorizar isto. Mas acredito que esta capacidade de reconhecer nos outros, seres da mesma substância que nós próprios ajudou-me mais a superar o meu medo do que 1000 horas de preparação.

Um grande abraço

Maria Helena Mota | 3 de agosto de 2011 às 23:27

Olá Ana.
Há 3 dias que me deparei, por mero acaso, com o seu blog e confesso que adorei. Durante este tempo já li todos os artigos e dou-lhe os meus sinceros parabéns. Quanto ao tema de falar em público não será fácil escrever sobre isso mas a Ana conseguiu e muito bem, dando conselhos e fazendo-nos ir ao fundo de nós mesmos para conseguirmos" arrancar" aquele espinho que nos magoa.Já não sou jovem e nunca tive de falar em público. Porém, brevemente, terei que fazê-lo e estou a ficar à beira dum ataque de nervos porque também sou muito tímida desde que me conheço. Inventei até uma doença: "timidez crónica". Pelos comentários acima, vejo que não sou a única mas esse facto não impede aquilo que sinto. Tirei apontamentos que irei ler e tentar interiorizar. E, depois, darei notícias. Obrigada. Não falo, não escrevo nem sei ler a língua inglesa.

Ana Reis | 16 de agosto de 2011 às 16:28

Olá Maria,
Muito obrigada pelos elogios :)
Até à bem pouco tempo pensava que a minha timidez também era incurável. Mas, ao mesmo tempo, com a minha mania de não me conformar com coisas, nunca parei de tentar provar a mim mesma e aos outros que era possível mudar e até tirar coisas boas da timidez.
Porque a timidez, no fundo, é um excesso de auto-consciência. É o entrarmos numa sala e começar a imaginar as coisas horríveis que as pessoas estão a pensar sobre nós!
É por isso os tímidos, em geral, são excelentes observadores, perspicazes e bons avaliadores de carácter. E acredite, essa é uma qualidade muito valiosa. Aliás, superar a timidez passa muito por entender que, na verdade, as pessoas não estão assim tão focadas em nós. Na maioria das vezes, mesmo quando falamos com alguém as pessoas estão a pensar nas suas próprias vidas e problemas.

Maria, espero ainda ir a tempo de desejar-lhe boa sorte. Senão, aguardo novidades!
Um grande abraço

Daniela | 23 de agosto de 2011 às 19:40

Olá Ana, adorei o seu blog, tbém tenho fobia de falar em público, acho que o meu caso é bem mais complicado (pelo menos para mim), admito que gosto de estudar, leio bastante, sou uma estudante dedicada, mas quando o assunto é fazer apresentações que inclui na maioria das vezes seminários, meu coração entra em pane!!! O fato não está na apresentação em si, são as pessoas que tenho na minha turma da faculdade!! Elas, (a meu ver), não são solidárias quando algumas pessoas (me incluo) ficam nervosas a ponto de ficarem em cochichos e risinhos desdenhosos!! O fato é que eu não era assim no ensino médio, mas desde que entrei na faculdade e me deparo com pessoal da minha sala desenvolvi esse medo incontrolável de falar em público, às vezes me privo de certas coisas, para não me expor!! Admito que já perdi oportunidades de contato e amizades por esse desmedido medo!! O que devo fazer? Para piorar a situação, sempre tem um garoto que vc está afim, mas pelo fato de ser tão tímida e acanhada, acaba se privando de demonstrar o que sente, com medo da reação!!

Ana Reis | 29 de agosto de 2011 às 14:17

Olá Daniela, identifico-me muito com aquilo que escreveste. Eu também costumava dizer isso, que a minha situação era bem mais complicada do que a dos outros. E a verdade é que os nossos problemas sempre nos parecem mais complicados, porque são nossos e somos nós (sozinhos) que temos que os resolver.
Quanto aos teus colegas de faculdade espero que me deixes dar-te um conselho. Por muito que te custe, tens que reconhecer que não vais poder mudar a atitude das outras pessoas. Por muito que os filmes e séries que nos cansamos de ver na TV digam o contrário: Não podemos mudar as pessoas se elas primeiro não desejarem essa mudança.
Depois de reconheceres isso vais chegar a uma conclusão ainda mais confusa, que é: se não podes mudar os outros só há uma coisa a fazer - mudares-te a ti própria. E com isso quero dizer na verdade, tens que mudar a tua mentalidade, ou seja, tens que mudar os pensamentos que tens quando és confrontada com os cochichos dos teus colegas. E deves também considerar que, se calhar, os risinhos não sejam dirigidos a ti.
O que podes fazer nesses momentos em que te sentes a invadir pelo pânico é muito simples. Antes de te expores a uma situação que te assuste muito podes perguntar a ti própria: qual é a pior coisa que me pode acontecer neste momento? Imagina os piores cenários possíveis e imaginários. Eventualmente chegarás à conclusão que, por muito mau que seja o resultado serás perfeitamente capaz de lidar com as consequências. Acredita, que até os teus colegas enfrentam medos tão poderosos como o teu. Todos enfrentados, todos temos os nossos fantasmas.
E o que importa, em último caso, não é o que os outros pensam de nós. As pessoas mais confiantes lidam todos os dias com pessoas que as criticam e não é por isso que perdem confiança nas suas capacidades. Essas pessoas são assim porque sabem que, o importante é que aquilo que elas pensam sobre si próprias. E o resto não interessa.
Um grande abraço Daniela, espero ter ajudado :)

Renata | 11 de setembro de 2011 às 15:58

Isso realmente mudou meus pensamentos...muito obrigada e que Deus abençoe e te cumule de bençãos!

Marcio | 25 de outubro de 2011 às 01:55

Ola Ana; buscando informaçoes a respeito da fobia que me atormenta tanto; essa infinita timidez, deparei com essa materia. Adorei e passarei a acompanhar seu blog. Entrei num mundo onde se expressar em publico e fundamental (politica). Onde ja se viu um politico com fobia de microfone? abraço.

Ana Reis | 1 de novembro de 2011 às 22:33

Olá Renata, muito obrigada pelo comentário! Fico feliz por saber que as minhas pequenas dicas fizeram sentido para ti :)
Um grande abraço

Ana Reis | 1 de novembro de 2011 às 23:27

Olá Marcio, obrigada por partilhares a tua experiência. Timidez sempre foi um problema com o qual eu me identifico. Passei por momentos de embaraço humilhantes, coisas que nunca mais vou esquecer. E depois de muito bater com a cabeça na parede percebi que a timidez não é um defeito, é apenas um bloqueio na personalidade que nos torna mais sensíveis à opinião dos outros.
Nunca desvalorizes a tua timidez, porque tenho a certeza que, tal como aconteceu comigo, a timidez te ensinou muitas coisas. Coisas que nunca serias capaz de aprender doutra maneira. Usa aquilo que aprendeste da timidez para fortalecer as tuas capacidades de comunicação. Nada melhor do que um tímido para perceber os receios e desejos mais profundos das outras pessoas.
Um grande abraço

elisiane moraes | 14 de dezembro de 2011 às 17:05

morro de medo,to apavorada.sou paraninfa da turma de minha filha nao consigo falar,é um panico terrivel q faço?

cleide eduardo de oliveira farias | 17 de fevereiro de 2012 às 15:32

ola , me chamo cleide e desde sempre tenho medo de falar em publico.No tempo das apresentaçoes no colegio, eu soava frio, gaguejava, tinha vezes que eu inventava algo, uma doença , alguma coisa para faltar no dia da apresentaçao.Ate hoje eu ñ fiz a minha faculdade com medo de ter que enfrentar tudo isso novamente.O meu medo maior é de gaguejar.Tem vezes que eu evito de falar o que eu to com vontade ,com medo de gaguejar, e outra coisa, tenho uma dificuldade horrivel de falar ao telefone.Tem casos que eu vou contar alguma coisa , fazer algum comunicado e começo a gaguejar tem q nem falo deixo para e mudo de assunto.Ana qual sera meu problema?me ajude se puder.

EDUARDO S | 1 de março de 2012 às 01:14

olá, se me disserem "você vai apresentar um trabalho na semana que vem!" Pronto! Já passo o resto dos dias sem ter paz.... Falo entre amigos, até umas 5 pessoas kkkk, mas diante de "multidão" da logo um desespero, dá vontade de sair correndo... Mas vou superar isso, eu sei que vou, porque comigo é assim! abraços.

Carlos | 19 de março de 2012 às 21:32

Olá Ana, td bem?

Sempre tive medo de apresentações.Faço Pós Graduação em Gerenciamento de Projetos e nas apresentações, sempre tomo umas 3 cervejas pra relaxar e tirar essa minha timidez antes da aula e depois disso, relaxo e falo como um papagaio...rsrsrs
Uso essa tática desde a faculdade e sempre fico pensando...O que eles pensarão de mim e quando olho para a classe com todas aquelas pessoas me olhando, meu coração dispara....nossa que situação!!!!
Sei que esse não é o caminho mas se não for assim, não consigo! O que me diz?
Parabéns pela superação!!!!

dayana | 9 de maio de 2012 às 12:56

Olá Ana ....
Tenho medo de fala em publico, mais o meu medo é que quando estou da frente de um publico começo a treme muito, uma coisa que eu não consigo controla... oque posso fazer ?
amei seu post

Ana karolina de oliveira | 10 de agosto de 2012 às 13:19

sempre tive dificuldades para falar em publico sempre fico muito nervosa nas apresentaçoes de trabalhos sempre esqueco da minha fala por causa do nervosismo

Ana Reis | 20 de agosto de 2012 às 19:21

Olá Ana, o que acabaste de descrever é super normal. Por isso não deves pensar que és a única a sentir isso,
O nervosismo é apenas um mecanismo de defesa do nosso ego. Que apenas nos tenta proteger de possíveis ameaças. Nem mesmo os melhores oradores conseguem livrar-se do nervo miudinho. Não existem truques nem receitas mágicas para o fazer. O que podes realmente fazer é aprender a estar bem com esses nervos. Muitos arranjam uma espécie de amuleto para lhes lembrar da sua própria força nesses momentos. E outros aliam isso à repetição de mantras optimistas.
O que mais ajuda, no entanto, é a experiência. Porque se te expuseres o suficiente acabas por adquirir a crença de que vais ser capaz de lidar com a situação!
Boa sorte!

Juliete | 27 de agosto de 2012 às 20:00

olá!! eu não sou timida, pelo contrario gosto de expor minhas opiniões em sala de aula com os colegas, desde que eu esteja sentada no meio deles. Mais ao me colocar em frente de um publico eu me apavoro, fico tão nervosa que chego a perde o racíocionio falo coisa com coisa não sai nada, minha voz fica tremula com mãos gelada e suando, me preparei semanas para apresentar um seminario na faculdade mais na hora H não tive coragem de enfretar o publico, me senti muito mau com migo mesmo, incapaz mais o medo e maior que força de vontade. vou continuar tentando um dia perco esse medo, so não pode demorar muito pois irei me forma da qui três anos e vou ter que defender meu tcc preciso supera-lo. obg!!

Ana Reis | 27 de agosto de 2012 às 22:48

Olá Juliete, aquilo que descreveste é perfeitamente normal. Está absurdamente longe de ser uma experiência agradável mas acredita que não és a única a passar por isso.
Estar num lugar de destaque é uma posição confortável apenas para um punhado de pessoas. Os restantes têm que aprender a ser mais espertos que esse medo, em vez de se deixarem afundar por ele. Penso que ter a atenção simultânea de várias pessoas ao mesmo tempo é aterrador por uma razão: porque nós não podemos controlar a forma como todas elas irão interpretar a nossa mensagem. Estamos completamente expostos, sem saber com o que estamos a lidar.
Podemos sentir conforto quando lidamos com uma, duas ou três pessoas (o número varia dependendo da personalidade de cada um). Mas o risco de desagradar alguém é muito superior quando temos uma enorme plateia. É só uma hipótese claro.
O que te recomendo é que não sofras em demasia com isso. Ao crescer tendemos a ficar cada vez mais confortáveis na nossa pele. E a aprovação de todos deixará de ser tão importante.
Tenta ir fazendo pequenas coisas para mudar esse teu medo. Talvez agarrando mais oportunidades para fazer apresentações. Ou fazendo perguntas que consideres incómodas a desconhecidos. Ou até visitar sozinha um sítio onde nunca estiveste antes.
As coisas melhoram, mas, uma vez ou outra tens que lutar por isso. Forçar-te a fazer coisas que te arrepiam, sair da tua zona de conforto. Só assim se aprende a lidar com o medo de forma inteligente.
Abraços,
Ana

Paula | 29 de agosto de 2012 às 02:30

Olá Ana! Eu não sou uma pessoa tímida e gosto de expor minha opinião, mas apenas para um grupo pequeno de pessoas e não para um sala de aula ou algo maior que isso. Além disso, eu sempre tive problemas em me expressar e passar as minha ideias, até em uma conversa normal com amigos. Tenho lido bastante livros para melhorar meu vocabulário e espero que me ajude também a me expressar com mais clareza. E lógico, tenho todos esse problemas em relação a falar em público, e por causa do medo, eu acabo evitando ao máximo essas situações. Nesse semestre vou ter que dar uma palestra a toda a faculdade e a ansiedade já está tomando conta. Não posso lembrar disso que o coração já começa a disparar e agora não sei o que fazer. Seu texto me reconfortou um pouco e agora eu sei que devo combater isso antes que eu saia da faculdade. Mas mesmo assim, esse nervosismo todo é horrível! :(

José | 29 de agosto de 2012 às 17:27

Ola Ana, não sou uma pessoa timida até gosto de expor minha opnião, mas não consigo apresentar nada em publico, tremo muito e as pessoas percebem, os meus tremores ja são motivos de piadinhas em meu trabalho, principalmente se tiver que fazer leitura de alguma matéria em publico teve um dia que achei que não conseguiria segurar a folha para ler a matéria meus colegas de trabalho perceberam é claro, tenho que melhorar pois isto esta me prejudicando profissionalmente o que devo fazer.

Ana Reis | 29 de agosto de 2012 às 18:38

Olá Paula. Também travei as minhas lutas ao tentar viver com as minhas dificuldades de expressão. Enquanto os meus amigos saíam e viviam as suas pequenas aventuras eu preferia escrever. Era mais fácil para mim.
Acredita que o teu problema não é de vocabulário (dá para ver pelo comentário). O problema no teu caso, não existe. Simplesmente tens uma vida interior mais rica e, se calhar, preferes escutar em vez de encher o ar com palavras insignificantes. Se calhar não sentes a necessidade extrema de conviver que a maior parte das pessoas sente, e não te sentes mal por isso. És introvertida (se não estou muito enganada). Apenas isso. Não és melhor nem pior que o outros. E está na altura de descobrires o teu poder interior. Aconselho-te a palestra de Susan Cain - O poder dos introvertidos (http://www.ted.com/talks/susan_cain_the_power_of_introverts.html).

Não temos todos que ser super cativantes. A nossa cultura é que nos leva a pensar que são apenas essas pessoas que têm sucesso na vida. Nem sempre é verdade. Pessoas como eu e tu existem por aí aos montes. E está na altura de descobrirmos o nosso poder!
Quanto à nervosismo. Acredita que nasce muito de um diálogo interno negativo. Nasce de, constantemente, pensares que não és capaz. E de te torturares com pensamentos e fantasias de humilhação e fracaso. Verdade? Esse diálogo possivelmente tem durado anos. E não muda do dia para a noite. Mas acredita que é possível mudá-lo. Não existem receitas mágica, existe apenas a necessidade de combater esses pensamentos e substituí-los por pensamentos mais positivos, mais motivadores. Não desistas de ti!
Abraços

jean | 29 de agosto de 2012 às 19:14

valeu

Larissa | 30 de agosto de 2012 às 19:50

Olá, eu faço curso Tec. em Segurança do Trabalho onde preciso apresentar vários trabalhos na sala de aula já para ir treinando quando for colocar em prática minha profissão. Porem, existe um grande dilema, nao consigo falar bem em público. Fico muito vermelha, esqueço o que é mais simples e faço sempre tudo ao contrário do que planejei durante o dia. É triste! Estou buscando ajuda com um psicologo, começei hoje fazendo psicoterapia. Acha realmente que pode me ajudar ?

Obrigada :)

Ana Reis | 31 de agosto de 2012 às 20:43

Olá José, não deves martirizar-te por isso. Pessoalmente, costumo corar imenso. Isso também me prejudicou não só profissionalmente, mas também a nível pessoal. O que me ajudou imenso foi repetir mentalmente a ideia de que o corar (ou no teu caso, o tremor das mãos) é uma reacção fisiológica normal, e que tenho direito a ela.
Independentemente de achares que sabes aquilo que as pessoas estão a pensar aconselho-te a parar de tentar "ler" as suas mentes! O mais normal é que as pessoas estejam a pensar nas suas próprias vidas, nos seus próprios problemas. Quanto às piadas, sabes que as pessoas dizem piadinhas sobre tudo. Não fiques amargurado com isso. O nervosismo é o resultado de anos de diálogo interno negativo (como já tinha referido noutros comentários). A solução é ir mudando aos poucos e reconhecer que temos valor enquanto pessoas e merecemos ser escutados pelos outros.
Não esperes receitas mágicas, mas também, não desistas...
Um abraço

Ana Reis | 31 de agosto de 2012 às 20:48

Olá Larissa, o que descreveste é muito comum. Não deves desesperar. Penso que a psicoterapia pode ajudar imenso. Porque tenho o acompanhamento de uma pessoa treinada é mais fácil perceber o que podemos fazer para melhorar. Não te posso dar uma opinião fundada sobre o assunto porque, pessoalmente, nunca fiz psicoterapia. Mas por aquilo que tenho ouvido de amigos e até lido sobre o assunto, acredito que fizeste uma boa escolha.
Boa sorte e um abraço

Paula | 7 de setembro de 2012 às 03:19

Ana! Acertou em cheio! Já li o livro da Susan Cain (Quiet) e antes lê-lo eu não sabia se eu era introvertida ou extrovertida, pois não sou nada tímida e tenho um grupo de amigos relativamente razoável. E sim, você está certo sobre os pensamentos negativos e já faz um tempinho que estou tentando muda-los. Muito obrigada por tudo Ana! Você é uma fofa! E eu não vou desistir não que vai dar tudo certo.

Ana Reis | 7 de setembro de 2012 às 09:10

Olá Paula, que bom receber o teu feedback :)
Não conhecia esse livro da Susan Cain, definitivamente já saltou para a minha lista de livros a ler. Fiquei tão fascinada com a palestra dela e identifiquei-me a 100%. É daquelas pessoas raras que é diferente da imagem que temos de uma pessoa bem sucedida, mas que não deixa de ser muito interessante.
Definitivamente o poder dos introvertidos é um tema que tenho andado a evitar neste blog. Talvez seja a altura de eu também não desistir de mim.
Um grande abraço

Anonymous | 12 de setembro de 2012 às 04:20

Esse texto fundamental para mim! Mesmo tendo que apresentar em diversas ocasiões, sempre fico nervosa e trêmula, passado insegurança. Também sou bióloga e necessito passar informações que por vezes não são do meu domínio, o que me deixa mais nervosa e travada. Nesses momentos, sempre me vem à mente o que estou fazendo algo de errado, se as pessoas não estão gostando, se minha voz está adequada. Geralmente isso ocorre mais quando estou sendo avaliada por alguém conhecido, pois cria um perfeccionismo interno mito maior. Adorei sua mensagem e acredito também que cada experiência ruim possa ser um aprendizado. Só perde quem tenta lutar. abraços

Ana Reis | 1 de outubro de 2012 às 17:33

Olá! Gostei muito da tua frase final. Sabes que também é verdade que só ganha quem tenta lutar!
O sensação de não sermos adequados ou não sermos suficientemente bons é paralisante. A nossa mente entra num estado de pânico e todo o nosso pensamento e inteligência se dedicam a tentar sobreviver a essa situação. É por isso que ficamos "travados", como bem disseste, é por isso que a nossa mente fica em branco e tudo aquilo que pensavamos ter memorizado nos foge a sete pés.
É por isso que os nervos são o nosso pior inimigo.
Desejo-te muita sorte.
Um abraço,
Ana

Débora | 20 de outubro de 2012 às 14:32

Só de ler esse post já comecei a suar frio. Sou professora e muitas vezes, algumas aulas travam (nem todas, a maioria vai bem, depende da turma de expectadores). Estou fazendo mestrado, fui aprovada entre os melhores e consegui, por conta disto, uma bolsa muito disputada, mas interiorizei que não sou capaz, não mereço, que roubei a oportunidade de quem realmente a merecia, que sou uma fralde etc... Essa avalanche de pensamentos irracionais (pq não entendo de onde saíram) me trava na hora de me comunicar em sala, nas palestras e seminários está sendo um desastre e tb, pra escrever tem sido uma tortura (nada flui)... O medo é tanto que já pensei em desistir (quase q diariamente), porém algo, no fundo de mim, não permite que eu desista. Estou desesperada e muito infeliz com que estou fazendo comigo. Necessito ajuda urgente. Já pensei em me matricular num curso de teatro pra ver se a exposição ao pânico me ajuda a superá-lo (tenho que defender uma dissertação, custe o q custar). Outros pontos a serem mencionados, tenho carteira de motorista e não dirijo (me sinto um desastre). Preciso melhorar, caso contrário, terei um infarto a qualquer momento. Todas essas sensações estão me tirando a paz, o sono e o que era pra ser uma fonte de alegria (realizar meu sonho de ser acadêmica) está se transformando num pesadelo. Tenho esperança de que, uma vez insistindo e superando, serei um ser humano melhor...

Angela | 24 de outubro de 2012 às 04:34

Adorei seu post =) Eu sou aluna de graduação, e tenho muita dificuldade nisso! Muita mesmo.. na verdade nem eu sei o que acontece comigo, eu sei a matéria, eu sei que eu sei a matéria, sou segura disso, mas chega na hora tudo fica difícil, meu coração parece que vai saltar como um sapo e sair pulando pela janela, e eu não entendo porque.. medo? mas medo de que? se eu sei a matéria? é algo super estranho, e eu estou certa de que preciso entender de onde vem isso, pra poder mudar alguma coisa =/

lucia dantas | 22 de novembro de 2012 às 02:31

Adorei esse post, tudo o que voce postou nesse pequeno texto,acontece comigo,estou fazendo o curso tecnico em seg.do trabalho e quando tem os seminarios para apesentar,ensaio bastante,fica tudo perfeito'mas quando chega a hora, um desastre, dar um branco...mas tenho que superar,pois e meu sonho,nao sei se e porque ja faz muitos anos que conclui o ensino medio e parei no tempo e so agora acordei para retomar minha vida e pelo aamenos tentar realizar o meu sonho.Vou seguir a dica de Zango,na leitura do livro, mas preciso de mis ajudas para poder superar estes obstaculos, com um psicologo e espero tambem contar com a sua ajuda Ana Reis. Um abraco e muito obrigada!

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