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Que temas abordar num blogue quando não somos peritos

Porque blogo?


É a pergunta que faço a mim mesma de todas a vezes que me sento diante do computador e tento encher uma página em branco.

Pensava que por esta altura já teria resolvido todas as minhas dúvidas. Mas a verdade é que isso não aconteceu.

E depois dalguns meses a lidar com essas dúvidas percebi que:

É a capacidade do autor se reinventar e questionar continuamente os seus motivos que torna um blogue dinâmico, criativo e influente.


créditos: andres.thor

Mas a pergunta persiste: como saber que encontramos o tema ideal para o nosso blogue?

Bem, existem muitos artigos espectaculares na blogosfera sobre como encontrar um tema rentável.

Não é sobre isso que eu vou escrever. Porque encontrar um tema rentável pode ser muito bom por uns tempos. Mas escrever sobre esse tema será algo que dificilmente faremos por paixão.

Porque blogas?


À uns tempos, quando liguei a televisão, estava a dar os “Ídolos”. Quando perguntaram aos concorrentes o que é que os tinha levado a aguentar horas a fio nas filas, a maior parte das respostas (pelo menos aquelas que quiseram mostrar) foram do género:

  • Quero ser famoso;

  • Influente;

  • Adorado…

Foram poucos os que disseram que era a sua paixão pela música que os movia e motivava a continuar. Agora que o programa acabou tenho mesmo que perguntar: onde estão essas pessoas?

Incrivelmente, a situação na blogosfera é cada vez mais semelhante. Os blogues tornaram-se sinónimo de dinheiro fácil e sucesso instantâneo para muitas pessoas.

Mas eu não estou aqui para combater esses mitos (embora o adore fazer), estou aqui para te ajudar a encontrar a tua resposta à pergunta:

Como encontrar o tema ideal para o teu blogue?


Quando penso nisso lembro-me sempre daquela mítica cena do Harry Potter em que o Olivander diz que é a varinha que escolhe o feiticeiro. Penso que o mesmo acontece na blogosfera:

É o tema que nos escolhe, muito antes de sermos conscientes disso.


Penso que o que mais cria bloqueios na hora de escolher um tema é a crença, muito enraizada, de que a blogosfera é território de peritos. Pelo menos foi esse pensamento que quase me fez desistir do blogue antes de me ter atrevido de verdade.

Mas o direito a comunicar há muito que deixou de ser um privilégio de peritos. O púlpito há muito que deixou de pertencer aos mais excelentes oradores.

Comunicar deixou de ser o simples acto de educar os analfabetos. Comunicar, pelo contrário, é hoje uma forma de estender os nossos conhecimentos, uma forma de crescer com os outros.

Escolher um tema para blogar é uma oportunidade de crescimento única. Por isso, em vez de te concentrares na tua falta de conhecimento e experiência concentra as tuas forças em algo muito mais produtivo...

Resolver problemas!


E não quaisquer problemas, deves concentrar-te em resolver os TEUS problemas. São inúmeros os exemplos de quem construiu grandes blogues de sucesso dessa forma, os que mais me marcaram foram:

O ex-jornalista e escritor freelancer começou o seu blogue (Zen Habits) com o objectivo de relatar a sua jornada para viver uma vida mais equilibrada.

Vendo a lista dos objectivos que ele alcançou é fácil ficar impressionado. Imagino que no início esta lista lhe terá parecido uma tarefa impossível.

Mas o blogue acabou por constituir uma enorme fonte de motivação para continuar a lutar. E ao resolver os seus problemas ele acabou por inspirar e ajudar muitas outras pessoas a fazer o mesmo.

A autora do blogue “Holistic Skin Care” começou por escrever sobre comidas saudáveis e saúde natural até ser gravemente afectada por acne. Ao início ela confessa ter-se sentido aterrorizada, uma vez que mantinha um estilo de vida saudável.

Mas, em breve, a sua jornada para se livrar do acne através de comida e produtos naturais trouxe-lhe a oportunidade de ajudar muitas outras pessoas que sofriam do mesmo problema.

Podes ler ou ouvir aqui a fabulosa entrevista que a autora deu no blogue “Entrepreneurs Journey” aqui.

Ao resolver os seus próprios problemas estes autores ajudaram outros a fazer o mesmo, e, por isso, alcançaram o tão desejado sucesso.

E o mais importante é que ele conseguiram, de facto, melhorar as suas próprias vida. Eles não eram peritos no início da sua jornada, apenas tiveram a coragem de reclamar a responsabilidade pelas suas próprias vidas e ajudaram outros a fazer o mesmo.

Com isto não quero dizer que o blogue deve ser apenas sobre ti. Pelo contrário, o centro do blogue não és tu, são os teus leitores.

Mas para escolher um bom tema basta que comeces a resolver problemas e a superar obstáculos que te impedem de ir mais longe. Porque tenho a certeza de que não és o único a sofrer com esses obstáculos e existe muita gente por esse mundo fora que só iria lucrar com a tua experiência.

Como encaixar temas díspares?


Ao contrário do que acontece com as varinhas mágicas no Harry Potter, existem muitos temas para cada blogueiro. E quando tentamos abarcar todos os temas num só blogue as coisas podem não correr tão bem como gostaríamos.

Muitos podem criticar-me pelo excesso de diversidade deste blogue. Porque à primeira vista: dicas para blogues, escrita e desenvolvimento pessoal formam uma combinação que costuma saber tão mal como as horríveis misturas de sabores que faço nos meus copos de gelado.

Mas eu sou uma blogueira de muitos amores e já me cansei de tentar mudar essa parte de mim. Portanto decidi que não descansaria enquanto não encontrasse forma de encaixar todos os temas que amo debaixo do mesmo domínio.

A resposta que eu encontrei para este meu problema está longe de ser perfeita, mas, para ser sincera, foi a melhor que eu já encontrei:

Para encaixar vários temas que, à partida, pareçam incompatíveis devemos escrever com uma única filosofia em mente.


Não, não me enganei ao escrever e podes voltar a ler a frase anterior se o desejares.

Quando trabalhamos temos sempre uma certa dinâmica e ética de trabalho em mente. E quando estamos com a nossa família e amigos temos outras preocupações. Mas não somos duas pessoas diferentes em cada esfera das nossas vidas.

Somos sempre a mesma pessoa, com a mesma filosofia de vida quer estejamos a trabalhar ou a conviver com os nossos amigos.

No teu blogue acontece a mesma coisa. Lá porque tens interesses distintos não significa que tenhas que rejeitar partes de ti em nome de um blogue monotemático. Mas para criares uma comunidade e não confundires a tua audiência deves sempre escrever os teus artigos ao abrigo de uma mesma filosofia.

Claro que será impensável escrever sobre carros e alimentação saudável no meu blogue. Tem que haver pontos em comum entre os diferentes temas que pretendes abordar. Se não estás certo disso aconselho que comeces com um tema simples e vás testado os teus limites e expandindo os teus artigos.

Isso não quer dizer que não possas mesmo escrever sobre dois assuntos distintos. E para o fazeres há várias soluções:



  1. Criar outro blogue (não recomendado a quem ainda não alcançou algum sucesso com o seu primeiro blogue);

  2. Escrever guest-posts em blogues relevantes do tema (claro que não te trará qualquer vantagem a nível de tráfego para o teu próprio blogue);

  3. Ser Freelancer (recomendo o blogue: Escola Freelancer, está realmente genial)

  4. Escrever artigos para sites tipo eHow ou Bukisa...

E tu, ainda te debates com o tema do teu blogue?

Os comentários são todos vossos!
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8 dicas para superar o medo de falar em público (parte II)

Se perdeste a primeira parte deste artigo podes lê-la em:

No último artigo escrevi que qualquer um pode ser um bom orador. E que não devem ser os outros a definir as nossas capacidades por nós, nem devem ter o poder de impor limites no nosso crescimento.

As primeiras 4 dicas que partilhei no último artigo foram:

  1. Entende o teu medo

  2. Questiona o teu medo

  3. Abraçar a nossa vulnerabilidade é fundamental

  4. Sê honesto

Mais dicas para superar o medo de falar em público


5. O importante é a mensagem


Um bom orador não se define pelos truques que conhece, pelo mérito do seu trabalho ou seu amplo conhecimento numa determinada área.
créditos: Blue Square Thing

Um bom orador não é aquele que se quer distanciar da sua plateia proclamando continuamente os seus feitos e conquistas.

Pelo contrário, para conquistar uma plateia o fundamental é a mensagem e não a pessoa que a transmite.

Difícil de acreditar?
"Leio e abandono-me, não à leitura mas a mim"

Fernando Pessoa

Com esta frase Pessoa quis dizer que, quando nos entregamos a algo de alma e coração o "eu" dissolve-se. Quando estamos diante duma plateia o único que deve importar é passar uma mensagem.

E essa capacidade é algo que se adquire mais com o gosto e a paixão por certos temas do que pelo estudo das mais diversas técnicas de persuasão.

Entende isto e estarás no caminho para te tornares um excelente orador.

6. Evita pedir desculpa


Quando chegamos atrasados a algum lado pedir desculpas não costuma trazer nenhuma vantagem. Acredita, ninguém quer ouvir as tuas desculpas e justificações. Essa é só uma maneira de desperdiçar o tempo precioso da tua plateia.

Se o atraso for grande convém dizer algo, mas depois de te teres desculpado sugiro que saltes, assim que possível, para a apresentação.

Dar demasiadas justificações à tua plateia é a receita perfeita para destruir a tua imagem pública. É sinal de que te sentes uma "vítima" das circunstâncias da tua vida. Ninguém dá ouvidos a pessoas assim.

Não mostres uma atitude submissa e servil perante uma plateia, senão estás a colocar nas suas mãos o poder de destruir a tua reputação e confiança.

Aprende a sentir-te bem na tua pele e o resto é prática e vontade de continuar a inovar.

7. Pratica


Se queres ser um bom comunicador ficar com o rabo colado a uma cadeira desejando que as coisas aconteçam não te valerá de nada.

A estratégia de visualização é óptima para reescrever o nosso ciclo de pensamentos negativos, característicos de quem tem fobia de falar em público. Mas não é suficiente.

Só a prática, os resultados e a experimentação podem fortalecer a nossa confiança enquanto comunicadores.

Por isso, não negues a ti mesmo uma oportunidade de praticar diante dos outros. Oferece-te para apresentar trabalhos, inscreve-te num curso de formação, faz apresentações para os teus amigos e família. O limite é a tua imaginação.

Existe outra forma de ganhar experiência: gravar vídeos de nós próprios -- apresentando um tema previamente definido ou falando naturalmente.

Ao início é horrível. Ouvir o som da própria voz, ver finalmente a nossa postura. É um imenso choque para os nossos sentidos.

A primeira reacção que tive quando vi uma filmagem minha foi algo do género: aquela não sou eu!

E isso é algo muito comum. Mas ver vídeos nossos permite-nos tomar consciência daquilo que precisamos de melhorar.

Permite-nos identificar tiques, expressões que usamos de forma constante (que tornam o nosso discurso incompreensível), melhorar a nossa postura... E, mais importante, permite-nos descobrir os nossos pontos fortes para que os possamos fortalecer.

Quanto mais conscientes nos tornamos em relação à nossa postura, mais confiança ganhamos. E então, poderemos abstrair-nos dos nossos defeitos e preocupações mundanas e preocupar-nos com aquilo que é realmente importante: transmitir uma mensagem.

8. Não te martirizes pelos teus fracassos


Por muito mal que te corra uma apresentação, há algo que não deves deixar de fazer: celebrar!

Sim, leste bem. Porque quanto mais te martirizares pelos teus fracassos mais vais associar o falar em público ao stress e à angústia. E com essa atitude acabas por ir minando, aos poucos, a tua auto-confiança.

Uma apresentação nunca corre mal, nunca é um desperdício de tempo. Todas as apresentações são degraus que vamos subindo, lições que vamos aprendendo e coisas que vamos descobrindo.

Não existe fracasso, apenas resultados.

Não existe talento, apenas prazer em comunicar.

Nesta série de artigos abordei as dicas que mais me têm ajudado. Se quiseres partilhar as tuas dicas para resolver este "problema" tão comum és mais do que bem-vindo.

Até breve
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8 dicas para superar o medo de falar em público (parte I)

Encaras a multidão e, de repente, aquela massa disforme de gente é toda olhos e ouvidos que te fixam com grande expectativa.

Sentes um aperto na garganta, suores frios percorrem as tuas mãos e um incêndio desencadeia-se nas tuas faces. Tentas engolir em seco, e mais parece que acabas de engolir uma pedra.

Neste primeiro contacto com o monstro disforme de muitos olhos o pânico faz-te esquecer tudo. Esqueces as palavras que tanto ensaiaste, o tema que tanto pesquisaste. Esqueces tudo o que se passou antes daquele momento...
créditos: Claus Rebler

Soa-te familiar?

Não te preocupes, tenho a certeza que não és o único. Pelo menos agora já somos dois!

A partir deste momento quero que esqueças todas as dicas que te contaram sobre como superar o medo de falar em público. Porque a acção sem uma clara intenção, sem motivação é como ter um barco e não ter um único mapa -- tens o instrumento, mas não sabes que direcção deves tomar.

Ser bom orador está ao alcance de todos


À alguns anos eu tinha pânico de multidões. As palavras ficavam-me sempre presas na garganta quando estava na mira de muitas pessoas.

Sim, eu era uma desgraça total, não tenho quaisquer dúvidas disso. E durante essa época da minha vida, em que a timidez me consumia, muitos professores não se cansaram de apontar a minha falta de talento para comunicar. Para muita gente era sinal de que eu devia sentar-me atrás duma secretária e conformar-me com o rumo da minha patética vida.

Embora nesse momento as suas palavras me tenham magoado, usei a minha frustração para aprender a comunicar. Se os outros eram capazes, eu também tinha o potencial de me tornar numa excelente oradora.

Agora, depois ter crescido a ouvir que eu nunca seria capaz, descobri uma imensa alegria em comunicar. Descobri que comunicar é algo que faz parte de nós enquanto seres humanos, não é uma questão de talento, é um direito nosso. Um direito que devemos agarrar com ambas as mãos.

Porque te conto um pedacinho da minha história?

Não é para que me admires e elogies, é para saibas que se eu fui capaz de mudar, tu também és.

A ideia de que os humanos são seres estáticos, de que não podemos evoluir e de que não nos devemos atrever em áreas que estão para lá dos nossos talentos, para além de ser estúpida revela um baixo nível de maturidade e desconhecimento sobre a verdadeira essência do ser humano.

Portanto, a partir deste momento, sempre que te disserem que não tens talento para algo e isso te deixar triste quero que penses que essa pessoa não tem o direito de definir aquilo que podes ou não podes ser e fazer com a tua vida. Os limites que os outros te impõe são, muitas vezes, limites que criaram para si próprios.

Superar o medo


1. Entende o teu medo


Quando estamos a limpar a nossa casa somos obrigados a mexer em lixo. Ele está lá e isso não é algo que possamos ignorar.

O mesmo se passa em relação à arte de comunicar. Temos que mexer em lixo, no nosso lixo, aquele que não nos deixa pôr a descoberto as nossas qualidades naturais.

Esse lixo são os nossos medos, uns mais irracionais que outros. E se não tiveres a coragem de os entender nunca poderás aprender a ultrapassá-los.

Por isso é que muitas dicas sobre como falar em público falham. Na maior parte das vezes são dicas impessoais, centradas em problemas externos. Como por exemplo:
Tenta não olhar para o chão enquanto estás a falar.

Nunca cruzes os braços.

Coloca sempre o pé esquerdo à frente (esta estou a inventar).

São sempre conselhos válidos, não estou a dizer o contrário. Mas de nada servem quando tiveres que enfrentar os olhares expectantes de uma multidão.

Neste primeiro ponto quero que te lembres de todas as tuas experiências enquanto orador (ler diante da turma, fazer uma apresentação, etc.). Quero que relembres todos os detalhes possíveis:



  • Tiveste medo?

  • O que é que pensaste?

  • O que é que sentiste?

O meu principal medo era sentir-me demasiado exposta e isso deixava-me vulnerável, transparente e despida diante da minha plateia. Uma sensação aterrorizante para mim.

Tinha medo daquilo que os outros pudessem pensar de mim. Será que vão achar a minha voz estranha? Será que se vão rir quando eu corar?

2. Questiona o teu medo


Agora que já definiste os teus medos chegou o momento de os desafiares.

Os nossos medos mais profundos estão unidos por uma característica especial: são quase todos irracionais. Por isso, para os ultrapassar devemos começar por tentar reconstruí-los a partir da nossa lógica e racionalidade.

Para o fazeres deves descrever os teus medos até ao mais ínfimo detalhe e começar a pôr em causa a sua importância.

Por exemplo, quando temos medo de nos expormos aos outros podemos fazer as seguintes perguntas:

  • Os pensamentos dos outros podem magoar-nos?

  • Será que essa característica poderá ajuda-me a criar empatia com a minha plateia?

  • Se não posso mudar a minha vulnerabilidade (ou outra característica menos positiva) como posso usá-la a meu favor!?

Muitas vezes somos cegos a uma simples verdade: não são as nossas qualidades que nos tornam diferentes dos outros, são as nossas pequenas particularidades, a que muitas vezes chamamos defeitos.

3. Abraçar a nossa vulnerabilidade é fundamental


Construir um muro de cimento entre ti e a multidão não é comunicar. É um simples acto de transmissão e exposição de conhecimento, sem que ocorra uma verdadeira interacção entre ti e a tua plateia.

Quando se trata de comunicar a interacção é fundamental. Por isso, ser um bom orador tem mais a ver com saber despir-se diante da multidão (não no sentido literal claro).

Se não te mostrares superior nem inferior à tua audiência crias um espaço para algo muito importante: a empatia!

A empatia é importante porque comunicar é, acima de tudo, um processo emocional. Mostra-te como és, sem fazeres o papel de coitadinho ou de vítima. Esquece as tuas defesas por um pouco. E acredita que aquelas pessoas que te fixam são exactamente como tu, com todos os defeitos e medos, com todas as esperanças e sonhos à espera de serem concretizados.

4. Sê honesto


Nada é mais autêntico e atraente que a honestidade (ou autenticidade, como queiram chamar-lhe).

Por isso, se o tema de tua apresentação não convida a sorrir, não sorrias, porque só vais parecer patético.

Define bem os teus sentimentos em relação a determinado tema e usa a tua insatisfação, indignação, raiva e todos os outros sentimentos fortes, para cativar a tua audiência.

Explora as situações em que os teus ideais chocam com a realidade para mostrar as tuas ideias. Não te fiques pelo convencional, nem pelos sorrisos correctos. Quem comunica quer marcar uma posição, por isso, deves definir bem e fazer uso dos teus sentimentos para transmitir a tua paixão à multidão expectante.

Mas por favor nunca comeces uma apresentação dizendo que estás nervoso. Não resulta. E para além de não resultar, destrói a tua auto-confiança. Essa atitude é como dizer:
Eu não tenho qualquer responsabilidade sobre aquilo que vai acontecer a seguir. Por isso, se correr mal, a culpa é dos meus nervos.

Com isto a tua plateia fica avisada sobre o comportamento que deve esperar de ti. E passará a agir em resposta a isso: desprezando os teus esforços e capacidades. Porque neste momento te mostras frágil e impotente perante as tuas próprias emoções.

Com essa atitude só consegues perder a tua plateia antes de teres sequer a oportunidade de a conquistar.

Por isso larga já essa mania, tens prazer em ser rotulado de coitadinho?

Acredita, quando está diante de uma plateia só tu sabes o que tens a dizer, mais ninguém o sabe. O poder está do teu lado, não o entregues de mão beijada à tua audiência.

Porque muitas vezes, quando erras numa apresentação és quase sempre o único a notá-lo. Outra forma de olhar para isto é pensar: nada do que faças vai ser errado!

Para a semana publico a continuação do artigo. Até lá aguardo os vossos comentários.

O que sentes sempre que tens que falar em público?

Podes ler a segunda parte deste artigo aqui.
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A falsa humildade está a prejudicar a tua vida?

Durante muito tempo pensei que a humildade fosse uma qualidade desejável.

Porque em criança todos aprendemos, de uma forma ou de outra, que qualquer tentativa de gabarmos os nossos feitos é uma atitude feia e egoísta que devemos banir da nossa personalidade.

Aprendemos então a recusar os elogios com um sorriso vago, a confiar a nossa sorte nas mãos dos outros e do universo. E por fim, passamos a ver as nossas conquistas como algo deveras desinteressante e pouco digno de louvor.
Sadness (créditos da imagem: Eero Alava)

Com o tempo aprendemos também a pregar essa humildade. A enaltecer os seus pontos positivos. E nunca, em todo este tempo, nos preocupamos em descobrir e explicar o seu significado.

Como resultado, nos dias que correm, abundam os falsos humildes que culpam o mundo pelas suas angústias e se sentem ofendidos pela felicidade dos outros.

E isso, meus queridos, não podia estar mais longe da verdadeira humildade.

A diferença entre a verdadeira e a falsa humildade


Para aprender novos conceitos é necessário passar por um processo de digestão. Em que os factos crus que recebemos através da educação devem ser reciclados.

Devemos duvidar da informação que enche os nossos sentidos. Devemos questioná-la e encontrar a verdade através dos nossos próprios meios. Só assim a vida fará mais sentido para nós. Só assim podemos realmente evoluir.

O que tem isto a ver com a humildade?

Tudo.

Nos dias que correm, raras são as vezes em que nos atrevemos a questionar o significado da humildade. Ela leva-nos a adoptar atitudes servis e submissas. Leva-nos a invejar a sorte alheia, a saborear com amargura as nossas derrotas e a enxotar as pessoas que teimam em exibir a sua felicidade.

Como se não fossemos capazes de a suportar, como se essa felicidade nos lembrasse constantemente da nossa própria miséria.

Mas os nossos lamentos não podem ajudar-nos a crescer. E certamente, não é por amaldiçoares a sorte dalgumas pessoas que a vida te parecerá menos escura.

O efeito da humildade na nossa felicidade


No fundo, felicidade e humildade têm uma relação íntima muito poderosa. No entanto, em toda esta era da informação aprendemos a esperar a felicidade como esperamos por comida num qualquer “take-away”. Pondo algumas moedas no balcão e esperando que nos sirvam uma deliciosa refeição.

Recusamo-nos a acreditar no nosso potencial. Pensamos que quem tem que acreditar em nós são os outros. São eles que nos devem lembrar constantemente quem somos e do que somos capazes. Caso contrário não merecemos conquistar nada de valor no breve tempo que pisamos esta terra.

Bem, pelo menos é mais fácil acreditar nisso. Porque a falsa humildade com o tempo torna-se um hábito que vai corroendo a nossa auto-confiança. E quando nos conformamos com esse hábito deixamos de questionar e, por isso, ficamos cegos à realidade.

E a realidade é que a falsa humildade é apenas mais uma desculpa para não nos conhecermos melhor a nós próprios. Talvez tenhamos medo daquilo que podemos encontrar.

Conformarmo-nos com a falta de amor próprio é matar a nossa possibilidade de ser bem sucedidos, é sacrificar a oportunidade de vencer e conformar-se com um simples prémio de participação.

Eu percebo o atractivo da humildade. Porque ao sermos humildes estamos a afastar de nós as críticas: quem é que vai criticar uma pessoa auto-crítica? Por isso, em vez de dizermos “eu dei o meu melhor e estou orgulhoso”, preferimos dizer que “não foi nada de especial”.

O problema dessa atitude é que na ausência das críticas estamos também perante uma ausência de reconhecimento e de verdadeiras conquistas.

O que há de errado em reconhecer os nossos talentos?


Numa sociedade abundante em conselhos sobre como aumentar a nossa auto-confiança começa a parecer ridículo as críticas que reservamos a quem se atreve a reconhecer, em público, as suas forças.

Muitos consideram egoísta correr atrás das nossas paixões, ganhar dinheiro fazendo aquilo que adoramos. Por isso, para não ofendermos as pessoas preferimos ir soltando pequenos suspiros numa sala apinhada de gente na esperança de sermos “descobertos”, em vez de berrarmos em plenos pulmões até que as pessoas que nos rodeiam não sejam mais capazes de desviar o olhar.

Assim podemos atribuir o nosso sucesso (ou fracasso) à sorte pura e desmarcamo-nos de qualquer responsalibilidade de defender os nossos talentos.

Por causa da humildade muitas vezes ficamos à soleira da porta. Tentamos empurrá-la com a ponta dos nossos dedos e quando ela não cede viramos as costas e dizemos a nós próprios: “Eu tentei, mas a porta não quis ceder…”.

É muito mais fácil não fazer uma investida séria. Assim diminuímos a nossa dor. Não íamos ser capazes de qualquer das formas, por isso mais vale não dar o nosso tudo por tudo, assim ainda podemos conservar a nossa vida medíocre vazia de sonhos.

Uma mudança de atitude


A verdadeira humildade é reconhecer as nossas forças, reconhecer as nossas conquistas e a nossa vontade de continuar a lutar. É dar o nosso máximo mesmo quando não temos plateia, é tropeçar, partir um braço ligá-lo e continuar a lutar. Mesmo sendo conscientes de que não passamos de um grão da areia no nosso mundo.

Muitas pessoas que pregam a humildade (e invejam secretamente o sucesso dos outros) pensam que quem admite as suas qualidades tem uma noção exagerada da sua importância. Preferem chamá-los de pavões e dizer que falam de bico cheio em vez de escutar a sua sabedoria.

Na verdade, as pessoas que baniram essa falsa humildade das suas vidas têm perfeita noção dos seus defeitos e fraquezas. Mas preferem continuar a lutar, em vez de ficarem parados na lama à espera de um qualquer salvador de banda desenhada.

Preferem também reconhecer as suas qualidades e investir de forma séria nos seus sonhos. Em vez de ficar à espera que alguém venha tecer elogios às suas capacidades.

Por isso, em vez de andares por aí a exibir as tuas feridas recomendo que comeces a agir. Não cries um blogue e desistas dele passado uns meses só porque não tens comentários apesar de estares a dar o teu máximo.

Não desistas só porque existem no mundo imensas pessoas famosas e bem-sucedidas. O mundo não precisa de mais nenhum José Mourinho, J.K.Rowling ou Messi, o mundo precisa de TI. Por isso, não desistas sem teres tentado a sério sequer, sem teres provado o sabor das lágrimas e teres tentado de novo, de novo e de novo.

Na vida não existem os sortudos que recebem tudo sem esforço e os azarados que não recebem nada. Isso não passa de uma ilusão romântica que temos da vida. Porque, na verdade, nesta vida existem aqueles que vencem e se recusam a desistir, aqueles que celebram as suas vitórias e se orgulham das suas derrotas. E existem aqueles que apenas insultam os que se atrevem a viver.

Qual deles queres ser?
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6 razões para adquirir um alojamento próprio

Extreme Makeover edição blogues!


Depois de quase uma semana fora do ar tenho que admitir que foi a minha "pouca" experiência nestas andanças que atrasou todo o processo. Mas atrasos aparte espero que gostem do resultado...

Antes





Depois




Mudar para wordpress com alojamento próprio era uma ideia que andava a chatear-me à algum tempo. Tentei ignorá-la e empurrá-la para um canto escuro da minha mente. Mas essa ideia continuou a assombrar-me, como um elefante gordo numa sala apertada que não deixa ninguém respirar.

Ora, esse elefante gordo obrigou-me a ignorar os medos infantis que estavam a conter a minha vontade de arriscar. E nesse momento percebi. Percebi o que me levava a desejar levar este blogue ao próximo nível. E é sobre isso que eu quero hoje escrever...




As vantagens de um alojamento próprio...


Apesar dos blogues não terem consistência física palpável (suponho que não se possam apalpar bytes...) eles precisam de um espaço para crescer. E o blogger serviu esse propósito por uns tempos, mas percebi que, nessa plataforma, o blogue não era realmente meu.

Na internet existe sempre mais do que um de tudo. Para cada programa pago é possível encontrar uma solução gratuita: se escavarmos o suficiente e se estivermos dispostos a perder tempo com isso. E como o blogger era minha solução gratuita eu simplesmente deixei de escavar e acabei por me conformar, até que a sua falta de flexibilidade e o meu curto horário começaram a deixar-me com dores de cabeça.

A primeira vez que ouvi falar de wordpress foi à cerca de um ano. Nesta altura, se alguém me falasse em adquirir alojamento próprio, pensaria que me perguntavam se queria uma casa só para mim...

Mas depois de horas a absorver muita informação sobre o tema posso finalmente defender a opção de mudar para wordpress com alojamento próprio.

1. Wordpress tem uma comunidade desvairada de fãs


E depois? Perguntas tu e muito bem. Ao início pensava que isso não teria qualquer relevância. Mas já reparaste como é difícil encontrar apoio e aplicações excelentes para o Blogger?

Tens todo o direito de discordar, não quero que penses que estou a tentar vender-te pão do dia anterior.

Mas a verdade é que a quantidade de fãs quase obsessivos do Wordpress (eu incluiu-me nesse grupo) é algo muito vantajoso para nós. Porque, para além da imensa quantidade de blogues com tutoriais sobre o tema, existem também milhares de plugins e themes excelentes gratuitos disponíveis e o seu número não pára de crescer.

2. É uma plataforma flexível com grande potencial de expansão


Não estou a criticar o Blogger com este artigo e, se não desejas mudar para wordpress ou comprar um plano de alojamento sugiro que pares de ler, já!

Agora que já só cá está quem realmente se interessa pelo assunto podemos continuar.

O blogger está em expansão, mas, para já apenas consegue arranhar certas funcionalidades que o Wordpress já teve tempo de inventar e aperfeiçoar pela experiência de muitos usuários. Por isso, a plataforma gratuita ainda tem muitas deficiências. Para não falar da quantidade de horas que eu já desperdicei à procura de certos widgets que nunca cheguei a encontrar.

Que o blogger está a crescer, é uma verdade que não podemos negar, mas ainda não cresce rápido o suficiente. Por isso, a decisão aqui depende dos teus próprios objectivos. Se te sentes mais do que confortável num alojamento gratuito então acaba aqui a discussão.

3. Fica barato comprar um plano de alojamento nos dias que correm


Barato? Sim, já calculaste o custo de abrir um negócio fora da internet? Demorar três anos a recuperar o investimento inicial é considerado algo muito bom.

Incrivelmente a palavra negócio continua a ter uma conotação negativa na mente das pessoas. Associamos negócios a "roubar os ingénuos" muitas vezes sem nos apercebermos disso. É o preço a pagar por anos de notícias sobre corrupção. O dinheiro tornou-se algo sujo capaz de distorcer o coração das pessoas, mesmo das mais nobres.

Mas exageros aparte, sugiro que em vez de negócio olhes para o teu blogue como uma empresa. Uma entidade com personalidade própria. O custo de alojar um blogue com Wordpress é incrivelmente baixo e fácil de sustentar.

O problema é que nós adoramos exagerar a nossa falta de dinheiro. Pelo menos no meio de estudantes a frase "não tenho dinheiro" tornou-se mais popular que um simples obrigada. Mas a verdade é que, em vez de gastares o dinheiro todo nas saídas à noite, naquela mala espectacular, nas idas constantes ao cinema, nos almoços e jantares fora, naqueles sapatos fenomenais... em pouco tempo juntas dinheiro mais do que suficiente para compensar o teu investimento. E não é preciso passar fome por isso.

4. Passamos a ser donos dos nossos blogues


Com alojamento próprio o blogue é totalmente nosso, não ficamos dependentes das políticas de terceiros. Nem corremos risco de ser eliminados por um capricho do nosso serviço.

Além disso, pagar para manter o blogue obriga-nos adoptar uma atitude mais responsável a acaba por motivar o nosso crescimento. Impede-nos de desistir mesmo quando os nossos resultados são pouco impressionantes.

E isso é importante. Porque o sucesso não é uma questão de sorte é uma questão de fazer as coisas acontecer. Podemos ter ideias brilhantes, mas se não as fizermos acontecer, se não investirmos nelas, bem, não nos serve de nada.

O que interessa não é a grandiosidade dos nossos planos, mas a capacidade de os levar até às últimas consequências (podes ler: O maior inimigo do sucesso).

5. Credibilidade e relevância


Vamos ser sinceros por um momento. Quem navega frequentemente pela blogosfera normalmente: 1) tem um blogue, 2) quer ter um blogue e/ou 3) sabe bastante sobre blogues. Portanto, um domínio com blogspot.com ou wordpress.com e um alojamento gratuito costuma ser uma marca de amadores. Há excepções, claro que as há, isto não nenhuma regra, é apenas uma crença partilhada por muitos webmasters.

Um alojamento próprio é a marca de quem assume uma atitude séria perante o seu blogue e perante os seus talentos. E a primeira impressão continua a ser importante. O nosso blogue é como a roupa que vestimos para ir a uma reunião de trabalho e os argumentos que temos sempre na ponta da língua, se os descuidarmos é normal que não reparem em nós, por muito boas que sejam as nossas palavras.

6. Estou a acreditar e a apostar em mim


Se a blogosfera fosse uma corrida de cavalos, comprar um alojamento próprio seria como apostar no nosso próprio cavalo. Ou pelo menos é isso que eu penso.
Deixei este ponto para o final porque é uma opinião muito pessoal.

Enquanto estava no blogger encarava o meu blogue como uma brincadeira. Nada de sério. E percebi agora que essa atitude apenas estava a esconder uma coisa: medo. Medo que alguém me viesse dizer-me que eu não tinha talento, que devia desistir do meu projecto. E por isso mantive-me confortavelmente afastada de qualquer risco para não ter de lidar com essa possibilidade.

Tinha medo que alguém pudesse destruir as minhas esperanças. E, por isso decidi não acreditar nas minhas capacidades. Assim não teria de sofrer.

Portanto, mudar para alojamento próprio teve para mim um significado emocional. Porque, ao fazê-lo decidi também que era o momento de parar de brincar e de assumir as minhas paixões sem fugir das consequências. Talvez explore esta questão mais a fundo noutro artigo, fica ao vosso critério.


Até lá podem ler mais sobre este tema pela mão de blogueiros espectaculares:

E tu, alguma vez pensaste em apostar num plano de alojamento próprio para o teu blogue?
5 com

Este blogue vai sair da casca e as lições que aprendi em 6 meses a blogar

“Buckle up your seatbelt, Dorothy, 'cause Kansas is going bye bye”

Meus queridos e entusiastas leitores e leitoras, eis que chegamos a um momento crucial na curta vida deste blogue. Por causa do vosso apoio, incentivo e comentários espectaculares o blogue cresceu e as roupas deixaram de lhe servir.

Por isso, é com muito prazer que anuncio que vou mudar para um plano de alojamento próprio. Vou voltar ao antigo domínio deste blogue: batidodemorango.blogspot.com durante a próxima semana enquanto decorre o processo de transferência do blogue para wordpress.

O feiticeiro de Oz (clássico da MGM)

É um processo lento e chato, uma vez que todos os que subscreveram o blogue através do feed rss e do e-mail vão ficar sem acesso aos conteúdos. Mas é melhor dar o salto mais cedo do que tarde demais.

Por tudo isto peço desculpa. É um mal necessário para que eu possa alcançar os objectivos a que me propus este ano (e não, não vou revelar que objectivos são esses!). Para 2011 tenho dezenas de surpresas preparadas para vocês, por isso espero que possam acompanhar-me nesta jornada.


“Mas Ana, não estás bem com aquilo que tens?”

Não, e tenho um artigo pronto com as minhas razões para mudar para wordpress com alojamento próprio, e porque penso que deves fazer o mesmo para levar o teu blogue para o próximo nível. Motivos que apenas vou revelar quando o blogue reaparecer de cara lavada.

Vou manter o mesmo domínio: www.arevolucaodamente.com. Mas só quando iniciar a transferência posso dizer com certeza quanto tempo vai demorar até poderem ver o novo blogue.

Entretanto podem manter-se atentos aos meus tweets ou podem enviar-me um mail para anaspreis07@gmail.com a avisar que querem ser notificados quando o blogue for novamente para o ar.


O que aprendi em 6 meses a blogar



  • O blogue não é sobre o autor
Neste blogue eu uso as minhas experiências e personalidade como ponto de partida. Mas o blogue nunca é sobre mim. O blogue deve sempre ser sobre e para os leitores, senão mais vale contentarmo-nos em escrever um diário que guardamos só para nós.

Para manter um bom blogue (de sucesso ou não) é preciso aprender a colocar-nos ao serviço dos outros. Mas o truque aqui é que não existem tantas diferenças assim entre autor e leitor.

O autor apenas pega nas suas próprias dúvidas e problemas e mostra como acabou por os resolver. E esses problemas e dúvidas nunca são únicos do autor, existem centenas ou milhares de pessoas com os mesmos problemas, e o blogue deve ser para essas pessoas.


  • Tráfego? Para quê?
Estou a preparar um artigo onde vou discutir este tema com mais detalhe. Mas antes de lá chegar há algo que gostava de deixar muito claro: nos primeiros tempos vigiar as estatísticas só vai matar a nossa motivação.

Além do mais, o hábito de vigiar o tráfego cedo se pode converter em vício. Um vício do qual acabaremos por depender emocionalmente. Por isso, quando o nosso objectivo é crescer e ajudar os outros a fazer o mesmo o importante não é quantidade de pessoas que lê e comenta os teus artigos.

O importante é que tu, enquanto autor, não percas de vista o teu objectivo e aprendas a construir a tua própria motivação (o que fazer quando o teu blogue deixa de crescer).


  • O importante é criar laços
Isto é algo que poucos compreendem. Se as pessoas gostarem do teu blogue elas vão divulgar! Não é preciso andar para aí, como vejo muitos, a pedir para seguir, para fazer troca de links, etc. e tal.

Cria uma relação com os teus leitores. Escreve, interessa-te e responde aos comentários. Não é preciso ir por aí a atirar tweets e comentários de forma desesperada. Aprende a divulgar com a cabeça. A deixar-te envolver pelas pessoas.

Não queiras ser um sucesso instantâneo. A não ser que queiras ser como uma estrela cadente, e sabes o que dizem sobre elas: brilham intensamente por um instante e depois deixam pouco mais do que um rasto enquanto se precipitam para a escuridão.


  • Dá, dá, dá e quando achares que deste demais continua a dar
Estás a blogar há algum tempo e por vezes sentes um sabor amargo de quem já escreveu mais do que era suposto. Já te aconteceu? Sim? Então estás no bom caminho.

Como uma professora me disse (apesar de termos tido as nossas desavenças): “se nunca passares os teus limites nunca saberás até onde podes ir”. Por isso, faz de idiota se for preciso, escreve com o coração e não apenas com a cabeça.

Eu sei que para muitos é uma sensação estranha, abrirmo-nos com uma tela em branco num ecrã de computador. Parece uma relação artificial. Mas a verdade é que alguém há-de ouvir e alguém há-de dar valor, nem que sejas tu mesmo daqui a alguns meses ou anos.

Eu sei que por vezes manter um blogue, principalmente em língua portuguesa, é como alimentar um poço sem fundo. Dia após dia ficamos à beira do buraco escuro atirando alimento e os nossos mais valiosos conhecimentos, e nada parece mudar.

Mas um dia, esse poço escuro vai transbordar e só o verás quando tiveres a capacidade de persistir, de voltar e de o alimentar todos os dias.


  • Não dificultes a vida aos teus leitores
Claro que não podia terminar sem escrever sobre os aspectos mais técnicos de ter um blogue. Já escrevi um artigo sobre isso (agora parece que foi noutra vida) que continua super actual.

O blogue não é para ti, é para os teus leitores. Por isso, em vez de apostares num layout confuso, com letras minúsculas, com imagens, imagens e mais imagens sem fim, com música na página principal e widgets que não ajudam ninguém… recomendo que deixes de olhar para o blogue por uns tempos. E quando o voltares a olhar para ele pergunta-te: “o que posso fazer para simplificar mais o blogue?”

Quando se trata de widgets ou plugins, menos é melhor. E tens que te perguntar o que é que queres dos teus leitores: que leiam os teus textos ou que fiquem hipnotizados com o gatinho e umas letras a piscar?

Claro que não escrevi tudo o que queria escrever. Por isso, se quiserem deixar uma crítica, sugestão ou elogio eu cá vos espero.

Até breve.
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Porque é que o mundo precisa de Ficção?

A imaginação viaja sempre à frente das nossas conquistas, intelecto e por vezes, viaja até à frente da própria realidade. Júlio Verne ficou conhecido como visionário ao prever o aparecimento das grandes máquinas e feitos. Mas agora sabemos que as suas histórias, mais do que previsões, foram fonte de inspiração para grandes homens e mulheres.

Livro mágico (crédito da imagem: Mike Haufe)

A imaginação ao serviço da evolução permitiu-nos chegar até onde chegamos. No entanto, na sociedade actual, a ficção é pouco mais do que uma forma rudimentar de entretenimento para mentes intelectuais e enfadonhas. E enquanto cresce o mercado dos livros técnicos e de formação profissional, a narrativa parece encolher-se um pouco, vergada sobre o peso da sua inutilidade.

Nem sempre foi assim. Contar histórias costumava ser um meio muito eficaz para educar. As histórias transmitiam valores, agitavam consciências e espicaçavam a imaginação. Por causa de grandes histórias evoluímos e tornamo-nos mais humanos.

8 com

10 formas eficazes de persistir nos nossos objectivos

A contagem decrescente para a meia-noite no último dia do ano é um momento único. Nesses escassos segundos sentimos que podemos apagar o passado e começar uma nova vida. Ao toque da meia-noite sentimos que todos os caminhos estão abertos para nós e que o mundo inteiro se encontra ao alcance das nossas mãos.

Brinde ao Ano Novo (créditos da imagem: Ginny)

Alguns fazem muitos planos, e outros ficam-se pela intenção de os fazer. Mas todas essas intenções, apressadas ou fruto de muita ponderação, têm que resistir ao teste do tempo. Muitas acabam por não resistir, e esses objectivos que nos fizeram sorrir no início de mais um ano, podem acabar por se tornar motivo de angústia e de dor.

Como definir então objectivos que resistam ao teste do tempo e nos façam felizes?


     1) Concentra-te naquilo que podes controlar

Não estou a dizer para tentares controlar tudo aquilo que se passa na tua vida. Pelo contrário, se queres definir objectivos que funcionem e que não se transformem em motivo de dor, precisas de abdicar da necessidade de controlar todos os aspectos da tua vida.

Em vez de definires valores e acontecimentos que não dependem de ti deves concentrar-te em aspectos que podes controlar e melhorar. Por exemplo, em vez de definir o número de visitantes que queres receber no teu blogue podes concentrar-te em aumentar a qualidade dos teus artigos e aprender mais sobre divulgação ou SEO.

E em vez de fazeres do teu objectivo: publicar um livro - podes concentrar-te em mandar X manuscritos este ano para serem avaliados por editoras.

Concentrarmo-nos em tarefas que podemos concluir aumenta a nossa auto-estima e diminui a probabilidade de virmos a perder a motivação.


     2) Evita usar o medo como forma de motivação

Quando dizemos a nós próprios: “eu tenho que escrever este artigo senão vou perder os meus leitores” - estamos a usar o medo a uma determinada situação para começar a agir. E embora isso possa resultar por uns tempos, esse medo acabará sempre por sabotar a nossa motivação a longo prazo.

Usar esse medo apenas nos obriga a relembrar a situação da qual queremos fugir. Com essa atitude acabamos por perder de vista os nossos objectivos e sabotar a nossa própria felicidade.


     3) Escolhe objectivos que te façam feliz agora

Os planos que fazemos costumam implicar sacrifícios, muito trabalho e nenhuma satisfação imediata. Passar 10 anos a trabalhar sem ver a luz ao fundo do túnel não é algo que possamos fazer de ânimo leve.

Assim, em vez de adiares constantemente a tua felicidade: “eu vou ser feliz quando perder 10kg” - tenta encontrar prazer naquilo que fazes no dia-a-dia. Concentra-te naqueles objectivos que te fazem sentir bem agora, e não daqui a 5 anos.

Com isto não quero dizer que deves evitar objectivos que dêem trabalho em nome do prazer imediato. Apenas quero realçar que, quando certas actividades não trazem nenhum prazer é pouco provável que tenhamos a motivação para continuar com elas durante anos.

Se não conseguires sentir nenhum prazer ao escrever, correr, nadar ou qualquer outro objectivo a que te propuseste deves perguntar-te se é mesmo isso que queres.


     4) Pequenos passos levam a grandes viagens

"Este ano vou parar de fumar, começar a fazer exercício e começar a comer melhor". Fantástico, parabéns. E quando voltarmos a falar daqui a uns meses tenho a certeza que esqueceste por completo essa promessa.

É muito importante saber sonhar alto, mas experimenta olhar para o cume de uma montanha que deves subir e tenho a certeza que o caminho te parecerá dolorosamente longo.

Devemos estar conscientes do nosso objectivo final senão corremos o risco de deixar de evoluir. Mas devemos também evitar relembrar, constantemente, o caminho que falta percorrer.

Não te preocupes se, ao início, não tens a certeza do caminho a seguir, os passos que deves dar acabarão por se tornar óbvios com o tempo.

Por isso, em vez de ficares aterrorizado com o volume de trabalho que exigem certos objectivos como escrever um livro, deves concentrar-te em ir escrevendo algumas páginas todos os dias. Se dividires uma grande tarefa em pequenas acções que podes ir realizando a cada dia, o caminho deixará de te parecer tão longo e agonizante.


     5) Um dia perdido não é o final da luta

Por vezes ficamos tão obcecados com um determinado objectivo que acabamos por perder as nossas forças e determinação em pouco tempo. Queremos fazer tanta coisa que não reservamos um tempo para descansar e desfrutar do presente.

O caminho é longo, e dares o teu máximo todos os dias pode ser estafante e desmotivante. Por isso, se hoje não tiveres forças para continuar encara isso como um aviso de que precisas de fazer uma pausa. Descansar não significa desistir.

Se hoje não fores capaz de correr não dês muita importância ao assunto. Porque parar hoje não te impede de continuar amanhã.


     6) Aprende a descansar

No ponto anterior já realcei a importância de fazer uma pausa. O problema é que muitas vezes não sabemos como descansar verdadeiramente.

Ver televisão, navegar na internet, ler livros técnicos, aprender uma nova habilidade, NÃO é descansar. É cansar ainda mais a nossa mente.

Quando estudava costumava fazer pausas para ver televisão, ou tocar guitarra. E na maior parte das vezes essas pausas prolongavam-se para além do desejado e eu acabava por perder toda a motivação para continuar a estudar. Nessa altura percebi que descansar é permitir que o nosso cérebro e o nosso corpo relaxem profundamente.

Para alcançar o estado de relaxamento que te permita descansar podes:
  • Fazer uma sesta;
  • Dar um passeio no parque ou simplesmente à volta do teu bairro;
  • Ouvir uma música relaxante;
  • Meditar;
  • Fazer exercício físico.


     7) Evitar algumas tarefas pode não ser sinal de preguiça

Eu quero ser escritora, não é segredo para ninguém, senão nunca teria começado este blogue. No entanto, o querer nunca foi suficiente. Continuo a arrancar cabelos sempre que tento preencher páginas em branco.

E por vezes chego a desistir temporariamente dos meus objectivos. Durante muito tempo pensei que isso fosse sinal de preguiça. Mas agora percebo que eu apenas tinha medo. Tinha medo que os meus textos fossem horríveis, que ninguém os quisesse ler. Ainda tenho esse medo, mas aprendi a lidar com ele dando permissão a mim própria para falhar, para escrever textos horríveis, para continuar à secretária agarrada ao computador mesmo quando só saí porcaria.

E isso ajudou-me muito a superar esses meus receios. Por vezes evitamos agir porque temos medo de sofrer com a humilhação. Mas temos que perceber que se formos esperar até que as coisas nos saiam perfeitas podemos esperar toda uma vida.

“É melhor fazer algo imperfeito do que fazer nada sem falhas”
Dr. Robert Schuller

Os feitos que mais nos inspiram estão longe de serem perfeitos, na realidade é a sua imperfeição e falhas que nos enchem de coragem.

Recomendo que leias: "Allowing myself to suck"


     8) Mantém um diário do teu percurso

Escrever para nós próprios pode ser uma experiência muito esclarecedora. Principalmente se escrevermos sobre os nossos medos e expectativas. Porque em pouco tempo começaremos a notar padrões de comportamento e a determinar a origem dos nossos receios. Receios que muitas vezes são recorrentes e nos impedem de concentrar.

A memória humana é falível. E não vigiar os nossos sentimentos e os resultados das nossas acções pode levar-nos a persistir no mesmo erro vezes sem conta, sem que nos apercebamos disso.

Se fores capazes de parar 1hora por semana para reflectir sobre os resultados das tuas acções vais poupar tempo valioso e certificar-te que não te desvias demasiado dos teus objectivos.

Para saber mais recomendo que leias o livro de Dave Navarro: “More Time Now (faz o download aqui)


     9) É preciso saber quando desistir

Quando um sonho deixa de fazer sentido e deixa de nos fazer sentir bem connosco próprios, o melhor que podemos fazer é desistir. Continuar a lutar por algo que não nos faz felizes é estúpido. E contudo, muitas vezes recusamo-nos a desistir quando esse objectivo já exigiu de nós demasiado trabalho.

Porque se desistirmos dele sentimos que estamos a abrir mão do sentido da nossa vida. Sentimos que estamos a renunciar a uma parte de nós e que todo o tempo que dedicamos a esse objectivo foi tempo desperdiçado.

Infelizmente, ninguém te pode assegurar que os anos de experiência num determinado trabalho te vão servir de algo. Tens que ser tu a reunir a coragem para mudar a tua vida e acreditar que todo aquele tempo que dedicaste não foi em vão. Acredita, e o futuro encarregar-se-á de te trazer as respostas.


     10) Não partilhes apenas para seres reconhecido


Sê sincero, porque é que sentes a necessidade de partilhar os teus objectivos? Não estarás à procura de reconhecimento? De felicitações?

Na verdade muitas vezes partilhamos apenas porque queremos ouvir palavras de apoio dos nossos amigos. Queremos ser reconhecidos mesmo antes de termos feito o que quer que seja para merecer esse reconhecimento.

Neste ponto podes escolher entre:

  • Partilhar em forma desafio
Dizer que vamos cumprir um determinado objectivo diante dos nossos amigos pode dar-nos a motivação para cumprir prazos e irá impedir-nos de recuar. Contudo, a tua escolha deve sempre depender da tua personalidade. Eu, por exemplo, prefiro…

  • Guardar os objectivos para mim
Eu prefiro não partilhar porque sempre que partilho sinto que não me esforço tanto como se tivesse guardado esses sonhos só para mim. Sinto também que, ao revelar os meus sonhos, algumas pessoas começam a pressionar-me para que eu siga direcções que, na verdade, não desejo seguir.

Ao guardar os meus objectivos só para mim tenho a oportunidade de trabalhar ao meu ritmo e de aprender a construir a minha motivação. Assim não tenho que depender dos outros para ter a coragem de avançar.

E tu, o que fazes para não perder a motivação?
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