O início da recta final

Nem acredito que chegamos a meio de Maio, sinto como se tivesse dormido todos estes meses desde que cheguei a Madrid. Falta cerca de um mês e meio para acabar o meu mestrado em jornalismo e comunicação e só lamento não ter dedicado mais tempo a este blog, acho que me cansei de escrever sobre mim e sobre a minha vida.
O mestrado não é aquilo que eu tinha imaginado. E depois de ter ponderado tanto se devia dar ou não este passo parece-me estranho que as coisas não tenham sido como eu imaginei. Ser estrangeira (mesmo num país tão próximo) fez-me abrir os olhos a muitas coisas. As dificuldades existem: da língua, da cultura, de aceitação. São barreiras que às vezes me parecem demasiado imensas e contra as quais dificilmente se pode lutar.
Mas o que me custou mais perceber (e ainda estou a digerir) é o enorme peso que as nossas decisões têm nas nossas vidas. Depois de ter passado tanto tempo aqui por escolha própria começo a acreditar firmemente que não há destino e ao início isso pareceu-me aterrador. Pensar que estamos predestinados a algo quase que nos isenta das responsabilidades, porque as coisas acontecerão de qualquer das formas, ou pelo menos era assim que eu pensava.
Estar em Madrid a viver sozinha com as consequências das minhas decisões ensinou-me que esta vida é minha e o que importa realmente é o que eu decido fazer com ela. Percebi também que ninguém me vai dizer que caminho é o correcto, e mesmo que diga, esse caminho seguramente não será o correcto para mim. Por isso nas últimas semanas, enquanto me debato com trabalhos que não me preenchem, comecei a perceber a verdadeira importância de seguir os meus sonhos... mesmo que agora sinta que não vale a pena.



A música chama-se "The call" de Regina Spektor e acho que está em sintonia com o meu estado de espírito neste momento. Já que decidi dedicar o meu tempo livre a perceber os meus sonhos espero ter um dia a coragem de partilhar alguns deles neste blog, já é o momento de perder esse receio...
Terão notícias minhas em breve :)

3 comentários:

Anónimo | 20 de maio de 2010 às 19:26

We spend our whole lives worrying about the future, planning for the future, trying to predict the future, as if figuring it out will cushion the blow. But the future is always changing. The future is the home of our deepest fears and wildest hopes. But one thing is certain when it finally reveals itself. The future is never the way we imagined it.

Meredith Grey em Grey’s Anatomy


Um grande abraço, Ana!

Sofia Pedrosa

Ica | 20 de maio de 2010 às 22:19

olá anocas!!já tinha saudade de ler este blog :) por momentos achei que o ias mm abandonar o que seria uma pena! sermos responsaveis pelas nosssas decisoes e conviver com o resultado delas deixa-nos numa posição bastante priveligiada...aprendemos sempre algo novo!
força nesta ultima etapa :P depois desta vira outra e mais outra e o bom distooo...ficamos sempre com historias para contar :D mesmo k nao sejam akelas que esperavamos!

besito mi niña :)

Ana Reis | 21 de maio de 2010 às 13:29

Durante algum tempo estive a ponderar se seria melhor acabar com este blog. Mas afinal de contas já o tenho há mais de 1ano, não podia simplesmente deixar quando parece que mal acabo de começar.
Realmente algumas decisões deixam-nos numa posição privilegiada, e as histórias engraçadas (outras nem tanto) acabam sempre por aparecer. Vou ver se nos próximos tempos vou comentando algumas delas... e certamente sofia, o futuro nunca é como imaginamos, há dias em que me parece simplesmente melhor do que eu tinha planeado!
bjocas grandes meninas ica e sofia!

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