7 dicas para crescer como escritor

Há um mito, amplamente difundido pela nossa sociedade, de que as grandes palavras fazem os grandes escritores.

Infelizmente (e isto é uma opinião pessoal) é com prosa complexa e confusa que se faz a grande escrita em Portugal, principalmente pelo punho de respeitáveis indivíduos que escrevem apenas para impressionar. Mas que ao fazê-lo se esquecem da nobre finalidade da escrita: aproximar as pessoas dos pensamentos íntimos do escritor.

Stephen King no seu livro: “On writing - a memoir of the craft” defende que a escrita é uma forma de telepatia. Tem o poder fabuloso de nos fazer usar a nossa própria imaginação. Poder que, até agora, nenhum outro meio conseguiu alcançar.

The harvest writer (créditos da imagem: John O'Nolan)

A televisão e a internet apoiam-se na imagem e entopem os nossos sentidos com sensações fabricadas. Na escrita o autor transmite os seus pensamentos mas não pode, nem deve, controlar os do leitor. Uma vez que, quando a mensagem alcança a mente do leitor as palavras ganham vida própria e o autor torna-se irrelevante.

Escrever para impressionar, pelo contrário, tem o poder de afastar as pessoas. Talvez a grande maioria pense que essa escrita com palavras “caras” seja sinónimo de talento e de superioridade, mas o grande problema desse tipo de escrita é que não chega a ninguém, e quando a escrita não chega à mente de outras pessoas é como se a obra nunca chegasse a existir.

Podem discordar, mas acredito que a maioria dos escritores dirá que escrever para o vazio é o mesmo que uma gravidez sem parto. Escrever não significa viver em isolamento, significa ter vontade de chegar às mentes e corações das pessoas.


Como chegar à mente das pessoas?

A escrita é uma arte quase impossível de ensinar, e é um caminho que se torna duro para quem deseja apenas o sucesso e a fama.

Claro que, actualmente, qualquer pessoa pode escrever um livro, não é a primeira vez que vemos apresentadores de programas da manhã a fazê-lo. Mas nem todos temos a capacidade e a paixão necessárias para nos tornarmos escritores. Posso sempre dar umas dicas e mostrar-te novos caminhos e direcções mas, como disse Morpheus: “És tu que tens que abrir a porta”.

Se amas escrever e sentes que o farias mesmo sabendo que podes nunca ser bem sucedido aos olhos do mundo, tens verdadeiramente a alma de um escritor. Portanto, vou mostrar-te um caminho:

     1) Faz da leitura uma parte importante do teu dia

Um conselho básico, repetido até à exaustão por muitos escritores e blogueiros, no entanto, é um conselho que nunca saí de moda e é fundamental para melhorar a nossa escrita. Os grandes escritores são, por norma, grandes leitores. E como disse Stephen King: até os maus livros nos podem ensinar sobre escrita, porque nos tornam conscientes daquilo que devemos evitar.

Encara a leitura como uma oportunidade de aprendizagem. E aprende a ler de forma consciente.


     2) Estuda a gramática

Conhecer bem a gramática do nosso idioma tem dois objectivos principais: saber estruturar as frases de uma forma que seja compreensível para os leitores e, mais importante ainda, saber que regras podemos quebrar para enriquecer os nossos textos.

Os escritores passam a vida a quebrar regras da gramática, mas o que os distingue é o facto de o fazerem de forma consciente. E são esses erros conscientes que nos ajudam a descobrir o nosso próprio estilo.

José Saramago tinha uma forma brilhante de “brincar” com o vocabulário. Mas, ao contrário doutros autores que apenas pretendem exibir a sua superioridade, Saramago colocava estas “brincadeiras” ao serviço da história e do leitor.

Para dúvidas sobre gramática recomendo: Ferramentas para a língua Portuguesa On-line.


     3) Mantém-te simples

Depois de obtermos o aspecto bruto dos nossos primeiros rascunhos é necessário fazer uma limpeza geral. Esta deve passar por eliminar palavras desnecessárias, substituir palavras complexas por sinónimos mais simples, evitar escrever na voz passiva (retira força às tuas palavras) e evitar o excesso de advérbios.

Os advérbios são usados para modificar o significado de verbos, adjectivos e de outros advérbios. Em frases do género: “O João olhou duramente para o seu adversário” o verbo que implica uma acção perde a sua força devido ao advérbio utilizado. É quase sempre preferível usar apenas verbos simples de acção para manter o leitor activo e interessado.


     4) Faz da escrita algo natural

Escrever muito é outro conselho fundamental e repetido até à exaustão. Mas existe algo neste ponto que quero realçar: não escrevas apenas quando te sentes inspirado.

A inspiração é como uma fada madrinha caprichosa que raras vezes aparece quando desejamos. Em vez de ficares à espera que ela apareça escreve, insiste mesmo quando achares que já se esgotaram as tuas palavras. Porque, mais tarde ou mais cedo, depois de 5, 10, 20, 100 páginas podes encontrar algo fabuloso.

E isto é algo que deves aceitar nesta jornada para refinar os teus talentos. Se fores capaz de persistir mesmo quando tudo te parece negro como um breu será muito mais fácil continuar quando a fada madrinha descer do seu pedestal para abençoar as tuas palavras.


     5) Escreve como falas

Ou pelo menos como falarias numa situação ideal. Porque quando lemos ocorre um processo designado de sub-vocalização. Isto significa que, durante a leitura estamos a “ouvir” mentalmente a nossa própria voz a recitar a palavra escrita.

Portanto, ler os nossos textos em voz alta ajuda-nos a perceber se a nossa escrita parece artificial. É também uma forma fabulosa de encontrarmos erros e descobrirmos formas de simplificar a escrita para facilitar a rapidez de leitura e melhorar a compreensão do texto.


     6) Acima de tudo desfruta do processo

Escrever sem ver reconhecidos os frutos do nosso trabalho costuma ser uma experiência penosa e desagradável. Todos passamos por esses momentos em que a nossa escrita parece não evoluir e começamos a questionar os nossos talentos.

Por isso é importante que aprendas a desfrutar da escrita, escreve para ti e para aqueles estão perto de ti. Se fores suficientemente bom para o mundo o sucesso virá naturalmente, até lá deves persistir nos teus esforços e desistir da tua necessidade pessoal de sucesso. Se encontrares a paixão e a felicidade na própria escrita, o caminho para refinares os teus talentos deixará parecer tão sombrio.


     7) Escreve a pensar em ti, edita a pensar nos outros

Quando nasce uma ideia o essencial é passá-la para o papel. Nesta fase, não importa se o texto tem uma sequência lógica, se está compreensível ou se tem o potencial de agradar a muitas pessoas. O importante é que passes tudo o que surgiu na tua mente para o papel ou para o processador de texto.

Depois de “materializares” as tuas ideias tens que certificar-te que entendes tudo o que escreveste e deixar o texto repousar. Quando te sentires emocionalmente distante da tua criação, podes começar a organizar as ideias de forma a que possam ser compreendidas pelos teus leitores.


Espero que as dicas tenham sido úteis. Mas tenho a certeza que este artigo ficará mais rico se estiverem dispostos a partilhar as vossas ideias.

No próximo artigo escreverei sobre como lidar com os períodos de paralisia de crescimento nos nossos blogues.

Até lá os comentários são todos vossos.


Onde comprar o livro do Stephen King "On writing: a memoir of the craft":

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21 comentários:

Edson Palma | 6 de dezembro de 2010 às 20:10

Correto...A escrita é mesmo algo divertido e, depois que si exercita, você mesmo vai si emocionando quando atinge aquilo que quis fazer através dela!"

Não sei se todos que lêem à esmo, ou aos extremos, conquistam isto...Mas, acho que a escrita é a maior conquista, antes da audição!

Nenhum pouco diferente daquilo que postou, só que, tentando ser meio filosófico, certo?

Brilhante post =)

Até mais...

Ana Reis | 6 de dezembro de 2010 às 21:58

Olá Edson, muito obrigada por comentar aqui no revolução da mente!

Gostei da sua reflexão filosófica. Realmente, ler muito e escrever muito não é suficiente para ser um bom escritor. É mesmo quando a nossa escrita nos emociona (como disse) que podemos ter a certeza de estar a melhorar.

A palavra escrita é uma grande conquista. Por causa dela muitos conhecimentos de séculos passados chegaram até nós e só assim conseguimos evoluir.

Um abraço

Thiagão | 7 de dezembro de 2010 às 01:15

Excelente seu artigo. Escrevi um livro que está sob análise da editora e em algumas cenas me peguei chorando enquanto escrevia. Meu segundo livro está no forno e também chorei em alguns momentos.
O seu artigo me fez refletir sobre que caminho quero seguir caso eu tenha um livro publicado.

Abração.

Thiago

Ana Reis | 7 de dezembro de 2010 às 09:11

Olá Thiago, muito obrigada pelo seu comentário. E parabéns! Está prestes a ser um autor publicado :)

Ser escritor nem sempre é um caminho fácil, mas se o emociona escrever é porque está com certeza no caminho certo.

Um abraço

Paulo | 7 de dezembro de 2010 às 10:49

Obrigado por este excelente artigo.
Leio muito, desde criança, aliás, era o único a fazê-lo lá em casa.
Também gosto de escrever e até já pensei em dedicar-me a isso, pois tenho muitas experiências e ideias que pretendo partilhar. Afinal, por incrível que pareça, com apenas 3 anos de idade, já sabia ler e escrever.
Gosto imenso dos livros do Saramago. Ainda me lembro do "Memorial do Convento", a Blimunda e o Sete Sois.
Há livros que me levam a imaginar as cenas como de um filme se tratasse. Quando li "Contacto" de Carl Sagan, disse a alguém que dava um excelente filme e a protagonista devia ser a Jodie Foster. Passados alguns anos, para minha surpresa, aconteceu o que eu tinha imaginado. Agora, estou à espera que saia o filme "O Hobbit".
Um abraço!

Ana Reis | 7 de dezembro de 2010 às 13:18

Olá Paulo, muito obrigada pelo seu comentário e elogio. Eu por acaso ganhei o vício da leitura através dos meus pais. Mas são raros os meus amigos que partilham esse gosto.

O "Memorial do Convento" foi um livro que me marcou profundamente. Penso que foi por ter sido o primeiro que li de Saramago e desde então fiquei fã. E agora estou muito ansiosa para que saia "O Hobbit", foi o livro que mais gostei de Tolkien.

Se gosta de escrever e sente que tem muito para partilhar acredito que nunca ficará satisfeito até o experimentar. Por vezes só temos mesmo que ultrapassar o nosso próprio medo para concretizarmos os nossos sonhos.

Um grande abraço e muita sorte :)

Cicero | 7 de dezembro de 2010 às 13:26

Olá, Ana! Excelentes reflexões!

Pena que muita gente pula a etapa da leitura da qual você nos fala. Eu ainda estou nela (não sei se dela sairei), por isso não me atrevo a escrever muito.

Quero, no entanto, fazer algumas ponderações:

- por que temos essa "vontade de chegar às mentes e corações das pessoas"?

- por que não podemos escrever pra nós mesmos, como alguém que canta (desafinadamente ou não) durante o banho, apenas para puro deleite ou desfastio?

- e nossa "necessidade pessoal de sucesso", de onde vem? Será que nossa sociedade não virou uma sociedade de ícones, na qual todos correm em busca do "sucesso"?

- o simples ato de publicar um livro faz de mim um escritor? Saramago tem o mesmo peso que qualquer auto de autoajuda?

- entre escrever bem e não ser lido e escrever asneira e ser sucesso de vendas, quantos de nós optaríamos pela primeira condição?

Não sei. São poucas pessoas com taleto para a arte de escrever. Creio que você é uma delas. Mas não podemos tomar que todos que escrever são escritores. Do mesmo modo, nem todos que pintam são pintores, nem tampouco todos que fazem versos são poetas.

Grande abraço e parabéns pelo texto!

Ana Reis | 7 de dezembro de 2010 às 14:11

Olá Cicero, muito obrigada por comentar! É realmente uma pena que muita gente salte a etapa da leitura, parece-me que a palavra escrita tem perdido o seu valor nos últimos tempos...

Fez umas perguntas bastante interessantes. E penso que as respostas davam para escrever um novo artigo (pelo menos inspiraram-me a isso).

Durante muitos anos escrevi só para mim. Mas depois de partilhar alguns dos meus textos (quase sempre por acidente) percebi que podia usar a escrita para fazer as pessoas sorrir ou simplesmente para as fazer sonhar.

Agora, cheguei a um ponto em que sinto que tenho que ir mais além. Porque ao partilhar as minhas ideias tenho a oportunidade de tornar o mundo um lugar melhor (pelo menos o meu mundo).

Concordo quando diz que a nossa sociedade virou uma sociedade de ícones. As pessoas têm cada vez mais uma ideia errada e exagerada do sucesso. Publicar um livro não faz de nós escritores, os escritores não se fazem, os escritores simplesmente são. Pela parte que me toca: eu nasci assim e não quero ser doutra maneira.

Sinceramente, o mercado dos livros de autoajuda à muito que perdeu os seus princípios. A maioria dos autores apenas se interessa por sucesso e dinheiro. Por isso considero que Saramago e outros talentos escritores têm muito mais para ensinar. Embora as suas lições nem sempre sejam fáceis de perceber.

Há muito que decidi que quero escrever até morrer, mesmo que nunca venha a ser reconhecida por isso! Quanto a si, parece-me ver um talento latente para a escrita pelo seu comentário e acho que o devia agarrar (se o fizer sentir bem).

Se me esqueci de algo não hesite em contactar-me.

Um grande abraço :)

Bruno Costa | 7 de dezembro de 2010 às 14:34

Oi Ana, vim agradecer pela sua visita e pelo seu comentário. Vou seguir teu blog para poder participar no futuro. Um abraço! :D

Ana Reis | 7 de dezembro de 2010 às 15:58

Olá Bruno. Obrigada por me seguir! Pode contar também com a minha participação futura no seu blog.
Um abraço

bloq da marcy | 7 de dezembro de 2010 às 18:34

Gostei mt do post, pois comecei o meu blog a pouco mais de um mes, as dicas sao valiosas!!

Ana Reis | 7 de dezembro de 2010 às 18:43

Olá Marcy, obrigada por comentar. Parabéns pelo seu primeiro mês na blogosfera. E muita sorte com o seu blog :)
Um abraço

Classificados Grátis | 8 de dezembro de 2010 às 19:36

Olá. Gostei muito do tema.
Entre outras coisas, eu também gosto muito de escrever. Não sei bem explicar porquê. Talvez por ter uma imaginação fértil :)
O meu problema é que começo muitas coisas, mas não as consigo acabar.
Ao início, a escrita flui de forma fácil, mas depois vai ficando cada vez mais difícil. Vou aplicar as suas recomendações, e quem sabe eu corrijo meu "defeito".
Obrigado pelo post.

Ana Reis | 8 de dezembro de 2010 às 19:57

Olá. Muito obrigada pelo seu comentário.

Eu percebo como se sente. Eu também tenho luto bastante com esse defeito. Sou capaz de começar dezenas de coisas ao mesmo tempo e acabo por desistir de tudo em pouco tempo.

Ás vezes não se trata de usar dicas, por vezes não avançamos em algo simplesmente porque tentamos evitar algum medo profundo. Um medo que devemos enfrentar para poder progredir.

Acabo de me sentir inspirada para um novo artigo.

Um grande abraço

Bruno Borges Borges | 12 de dezembro de 2010 às 07:19

Adorei o artigo. Sintetiza muito bem o sentimento de pessoas que adoram escrever.

Entendo que a escrita, sobretudo, em nossos dias precisa vim acompanhada de simplicidade.

Escrever bem é o talento que poucos têm de serem compreendidos em sua essência.

Um abraço,

Bruno Borges Borges
brunoborgesborges.blogspot.com

Ana Reis | 12 de dezembro de 2010 às 12:48

Olá Bruno, muito obrigada por comentar e obrigada pelo elogio. A escrita é sem dúvida uma arte que exige trabalho e exige também vontade de estar continuamente a inovar.

Se juntarmos esses dois ingredientes estamos no caminho certo.

Um grande abraço

Yolanda Hollaender | 16 de dezembro de 2010 às 16:28

Excelente postagem, amiga Ana!
Estou sinalizando suas atualizações e estou lendo aos poucos.
Uma aula fantástica você proporciona aqui, o que muito me ajuda a aprimorar minha própria escrita.
Concordo com você que se deva escrever como se fala, pois é mais fácil o entendimento do leitor.
Por vezes, leio publicações que preciso reler para entender o propósito do autor.
Obrigada por compartilhar.
Meu afetuoso abraço,
Yolanda

Ana Reis | 16 de dezembro de 2010 às 23:52

Olá Yolanda, mais uma vez obrigada pela sua visita e pelo seu comentário. Eu tento publicar poucas vezes porque gosto de escrever textos grandes e não quero saturar demasiado os meus leitores :)

Escrever como se fala foi das lições que mais me custou aprender. Abusar das palavras e frases complicadas acaba mesmo por confundir o leitor, e a escrita deve facilitar a compreensão de certas situações e não dificultá-la.

Boa sorte com a sua escrita!
Um grande abraço

Alan Meneses | 15 de março de 2011 às 13:30

Fantástico, o artigo, muito bem redigido e me fez ter mais vontade de escrever. Parabéns pela condução do tema. só uma coisa, engraçado como o 7 é um numero mistico. vejo sempre 7 dicas de tal coisas, 7 passos de vendas, 7 são os dias da semanas, 7 pecados capitais.

Vale até escrevermos sobre isto.

Att;

Alan meneses

Ana Reis | 15 de março de 2011 às 22:30

Olá outra vez Alan! Gostei imenso de escrever este artigo, espero em breve escrever mais sobre o tema. Embora me retraia o facto de saber que ainda tenho demasiado para aprender sobre escrita. Mas obrigada pelo elogio.
É verdade, 7 é um número místico. Acho que é até um número atractivo que cativa e espicaça a curiosidade das pessoas. Neste caso penso que calhou serem 7 dicas por puro acaso :)
Um grande abraço

Tamires | 25 de junho de 2012 às 06:25

Oi ana, parabéns pelo artigo! Fiquei feliz ao ler as dicas, pois leio noite e dia, os livros me curam de todas as dores fisicas e mentais, é como remédio pra mim.
Minha vida de criança foi escrever em diarios e os guardar quando acabadas as folhas. Sempre preferi a companhia de livros do que a das pessoas e estou trabalhando meu lado esnobe pra corrigir os amigos não feitos. Meu sonho, agora eu sei, lá no fundo do meu ser, é ser escritora. Tenho o blog à uns anos mas sempre achei que escrevia com muuuito sentimento e os meus textos davam sensação de abandono depois de lidos. A diva que me Inspira é Clarice Lispector. Suas dicas foram um poço de motivação pra mim, obrigada.

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