Reflexões
Depois do extenuante post da última vez, decidi ser um pouco mais mundana nas minhas divulgações. Afinal de contas estou a estudar para ser Jornalista Científica e não filosofa... se bem que começo a desconfiar que me teria dado bastante bem nessa área.
Dado a minha ainda falta de capacidade para comentar assuntos actuais e dado à minha aparente incapacidade de suscitar nos leitores a vontade de comentar, não sei durante quanto tempo continuarei com este blog. Se conseguir arranjar um estágio num jornal, revista, ou mesmo numa empresa não sei até que ponto terei a coragem de continuar a escrever para um grande vazio.
Muitas vezes me pergunto qual a minha motivação para continuar nesta fútil tentativa de escrita, mas nunca consegui responder totalmente a isso. Sinceramente prefiro ter uma tentativa fútil que não ter absolutamente nada.
Contudo, é difícil, e não espero que me compreendam, porque eu escrevo para que as pessoas leiam, e depois de tanto tempo de esforço e frustração acumuladas parece-me que aos poucos a minha vontade vai esmorecendo sobre o peso das evidências.
Todos os dias me tento convencer que cada post meu não será o último, contudo, de todas as vezes que escrevo tudo isto me parece um enorme desperdício. As pessoas estão francamente mais interessadas em ler sobre... enfim, nem sei, não percebo a visibilidade dalguns blogs, em que temos o perfil normal de um "blogista" que relata quaisquer futilidades duma forma para mim sem encanto mas obtém mais comentários que o próprio Papa.
Não espero que compreendam mesmo, mas muitas vezes me pergunto que fizeram estas pessoas para obterem o "status" que neste momento despreocupadamente detêm.
Mas acabaram-se as queixas amarguradas, não há muito que eu possa fazer para mudar a minha angústia perante esta situação, senão fazer aquilo que sempre fiz, renovando o meu entusiasmo sempre que sinta a feroz aproximação destas crises.

A educação a longo prazo irá certamente definir o estado das nossas sociedades. E o facto de estarmos a centralizar o ensino negligenciando os seus métodos apenas trará benefícios a médio prazo. Posso estar a comentar um assunto que está para além da minha percepção e capacidades, contudo entendo o suficiente para saber que a falha nos nossos actuais sistemas provocará uma crise da qual não podemos escapar, em que serão abaladas as próprias fundações de todo o actual sistema.
Contudo, a verdadeira pergunta seria: até que ponto isso será prejudicial? Na minha opinião, não creio que o seja a largo prazo, na realidade, a evolução, desde o nascimento da consciência da humanidade, tem ocorrido pela constante superação de crises. E, com este conhecimento, daquilo que não devemos fazer, aproximamo-nos cada vez duma situação ideal, de uma utopia (a qual não acredito que sejamos capazes de alcançar, contudo, a cada passo remediamos os nossos erros e crescemos em direcção a ela).