Atreves-te a quebrar os teus limites?

Em vez dos meus habituais artigos decidi escrever um pequeno conto. Prometo que tem tudo a ver com o tema deste artigo. Se mesmo assim não quiseres ler o conto podes saltar directamente para secção abaixo que diz moral da história. Eu não me importo...


A muralha que dividia o mundo


O homem encarava a muralha com o rosto franzido.

Sabia que para lá da gigante parede de rocha se estendia um mundo desconhecido. O seu instinto dizia-lhe que, do outro lado da parede, os pastos seriam mais verdes, o céu mais azul e o Sol mais intenso. Tinha que atravessar.

Passava os dias sentado a contemplar o imenso obstáculo e a elaborar planos para desvendar as maravilhas que escondia aquele muro.

[caption id="attachment_727" align="aligncenter" width="518"] wanting time | créditos: Victor Piscue[/caption]

Não podia escalar a muralha. A sua superfície era lisa, não teria onde colocar os apoios que sustentassem o seu peso durante a subida.

A parede eleva-se para lá das nuvens. Não havia forma de saber quanto tempo ia demorar a escalada. E mesmo que sobrevivesse a essa aventura, não sabia o que o esperava do outro lado do muro, não sabia se seria capaz de descer.

Não podia contornar a muralha. Já tinha percorrido o trilho que acompanhava o obstáculo durante meses para se deparar sempre com o mesmo cenário.

Não podia passar por baixo da muralha. O solo era rocha dura, não havia maneira de o perfurar. Só lhe restava tentar perfurar a parede.

A pedra da muralha não era tão dura como a pedra que a sustentava. Ele tinha que tentar.

Primeiro avançou furioso contra a muralha, sem qualquer protecção. Apenas para falhar miseravelmente. O homem tinha pensado, ingenuamente, que a força da sua fúria superava a força da muralha.

O repetido embate com as rochas causou-lhe grandes mazelas, mas a parede continuava incólume. O homem demorou muitos dias a recuperar das feridas, e passaram-se muitas semanas até que voltasse a ter coragem para uma nova tentativa.

Quando se preparava para o novo embate com a rocha, agora protegido com uma rudimentar armadura de couro, o homem apercebeu-se de uma simples verdade:
Se posso construir uma armadura também sou capaz de construir uma ferramenta que suporte a dor do embate por mim!

Levado pelo emoção da descoberta construiu um martelo, com rocha e madeira. Testou, com cuidado, o seu novo instrumento contra a parede e sentiu-a vibrar. Sorriu! Era a primeira vez que via a muralha a reagir a uma investida sua.

Golpeou a parede durante dias, até as suas mãos sangrarem de tanto empunhar o cabo de madeira. Até o sangue parar de correr e ser substituído por grossos calos.

Semanas de trabalho e muitos martelos destruídos apenas tinham resultado numa pequena reentrância. Iria demorar uma eternidade a abrir um buraco que permitisse a sua passagem.

O homem sentiu-se desanimar. As suas dúvidas foram corrompendo a sua curiosidade e coragem. Valeria a pena lutar toda a sua vida por um mundo desconhecido? Ele não tinha como saber se a parede algum dia iria ceder. Não tinha como saber o que lhe esperava do outro lado da muralha.

A gigante parede estava lá por alguma razão, talvez não existisse nada, talvez o esperasse um mundo de dor e destruição. Não valia a pena continuar a debater-se com a rocha dura. O homem tinha ainda tantos sonhos por realizar.

Aos poucos foi largando o martelo. Decidiu que estava na altura de explorar o mundo do seu lado da muralha. Reuniu os seus poucos pertences e fez-se à estrada, sem olhar para trás. A muralha faria agora parte do seu passado, uma parte dolorosa à qual nunca desejaria regressar.

O homem viajou pelo mundo durante muitos anos. Conheceu pessoas maravilhosas. Aprendeu muitas habilidades. O que mais o fascinava eram os instrumentos construídos pelo engenho e imaginação humanas. Instrumentos gigantes que transformavam o génio dos artesãos em pura força.



[caption id="attachment_730" align="aligncenter" width="553"] Museu Nacional de Ciência Naturais (Madrid) | Imagem própria[/caption]

Ofereceu-se como aprendiz em muitas oficinas. E absorveu todo o conhecimento como uma esponja.

O sol amanhecia numa bela manhã outonal quando o homem voltou a lembrar-se da muralha que tinha deixado para trás. Ela tinha estado sempre lá, no fundo da sua mente, chamando-o suavemente, todos os dias. O homem sabia que nunca poderia seguir com a sua vida se não arriscasse uma nova travessia.

Muitos criticaram a sua decisão. Ele tinha chegado àquela terra como um farrapo de homem. E depois de muito trabalho tinha conquistado respeito, honra e uma vida confortável. Não fazia sentido abandonar tudo isso para seguir o sonho idiota de perfurar a parede que dividia o mundo.

As pessoas que o conheciam vinham todos os dias oferecer os seus conselhos, tentando dissuadi-lo da sua decisão. Falavam com ele como se costuma falar com as crianças. E ao ver que as suas palavras não tinham qualquer efeito, um a um, os habitantes da vila que o tinha acolhido, partiam.

Quando o homem, por fim, encontrou o paz e silêncio, começou a trabalhar num plano para destruir a muralha.

Demorou poucos dias, impulsionado pelo seu rico conhecimento sobre a construção de máquinas e pela vontade antiga de se debater de novo com a grande barreira.

Com o plano concluído, o material reunido e as malas feitas, o homem despediu-se das pessoas que o tinham recebido. Muitos tinham a certeza de que o voltariam em poucos dias. Tinham a certeza que, depois de mais umas tentativas frustradas o homem voltaria para eles. E eles recebê-lo-iam de braços abertos.

O homem ignorou a reprovação silenciosa da sua decisão e retomou a estrada pela qual havia chegado à muitos anos. Encarou a aldeia que o tinha visto tornar-se o homem que era hoje. E lágrimas caíram dos seus olhos. Nunca esqueceria a bondade que aqui tinha encontrado, nem a beleza das construções emolduradas por aquele belo nascer do Sol.

Seguiu o seu caminho com o coração pesado. Mas quando finalmente viu a muralha surgir ao longe, o homem soube que tinha tomado a melhor decisão.

As suas mãos acariciaram a reentrância que tinha deixado na parede. E um sorriso saudoso surgiu no seu rosto.

Organizou as suas ferramentas e material e iniciou a construção da máquina que iria debater-se com a muralha.

Trabalhou dia e noite. Parando poucas vezes para comer e dormir. O entusiasmo era o seu alimento, e não precisava de descanso, sentia que tinha dormido todos estes anos.

Quando a máquina ficou pronta o homem conseguiu respirar. Contemplou a sua invenção com ternura. Nunca antes tinha desafiado tanto o seu génio e imaginação como nesta construção. Sentia que o intrincado sistema de válvulas e articulações era uma parte da sua alma.

A máquina iniciou o seu movimento com um barulho que seria infernal aos ouvidos qualquer um. Mas, aos ouvidos do homem, a barulheira era uma música celestial. Naquele momento, mesmo antes da broca embater na parede de pedra o homem soube que não era importante aquilo que ia encontrar do outro lado.

Naquele momento o homem soube que, nos últimos anos, tinha estado a atravessar lentamente a muralha. Tinha fortalecido o seu corpo e as suas ideias. Tinha aprendido a construir máquinas tão fortes como a muralha que barrava agora o seu caminho.

O outro lado seria apenas o começo de algo novo, porque a muralha à muito que tinha deixado de ser um monstruoso obstáculo.

FIM




Moral da história


Espinoza disse que devemos combater uma emoção com consequências negativas com outra emoção da mesma intensidade. Significa que não podemos derrubar uma muralha com um martelo.

Mas podemos aprender a construir uma máquina (um sentimento) capaz de se debater com essa muralha. E é nessa construção de sentimentos fortes que encontramos a nossa coragem.

Nas últimas semanas decidi embarcar numa dieta. Para perder aqueles teimosos 7 kg que se recusam a desaparecer.

Para além dos inúmeros conselhos gratuitos que todos parecem ansiosos por me transmitir (do género: “não precisas de perder peso, estás muito bem assim”), tive que lidar com a minha própria fraca força de vontade para me manter afastada de doces e outros alimentos que adoram instalar-se no meu rabo.

Emagrecer não é uma mania de quem tem fraca auto-estima (lamento desiludir os imensos defensores dessa ideia).

Emagrecer é um objectivo de quem sabe que merece um corpo melhor e está disposto a lutar por isso. Mas essa não é a mensagem dominante que passamos sobre as dietas.

As minhas razões para emagrecer estavam muito claras na minha cabeça. Contudo, foram os raros os dias em que eu não dei um pontapé na dieta. Em vez de me manter fiel ao plano decidi que gostava demasiado de comer e que o meu corpo estava perfeito da forma que estava.

Claro que ficava horrorizada sempre que subia à balança ou me contemplava ao espelho. Mas afogava esses momentos de angustia no prazer dos intoxicantes momentos doces.

Conclusão, não fui capaz de emagrecer e ainda acrescentei um doloroso meio kilo ao meu peso. Foi aí que percebi que tinha que mudar a forma como me debatia com a minha muralha. Decidi construir um sentimento mais forte para combater a minha falta de vontade.

Percebi que os doces eram fonte de prazer momentâneo. Um prazer e satisfação que duravam escassos minutos enquanto o sabor se dissolvia na minha boca.

Estava a associar a comida à satisfação pessoal e a fingir que as bombas calóricas que teimava em ingerir não iam ter qualquer efeito no meu plano alimentar (e no meu peso, claro está!).

Percebi que estava a trocar uma satisfação pessoal duradoura (alcançar o meu peso ideal) pelo prazer instantâneo e efémero. Percebi que, evitar comer alimentos que engordam pode ser doloroso a curto prazo. Mas, se for capaz desse esforço, a minha paciência será compensada com um corpo muito mais satisfatório.


Uma simples verdade


Não podemos lutar por grandes objectivos com uma força de vontade frágil. Não podemos afastar um leão com um galho de uma árvore. Nem podemos ultrapassar os nossos limites com pensamentos fracos.

Para o fazer temos que nos munir de sentimentos intensos. Capazes de derrubar os pensamentos desencorajadores que, muitas vezes, invadem a nossa mente.

Quando temos grandes objectivos em mente, temos que desenvolver sentimentos intensos que ofusquem as dúvidas, que fariam qualquer homem são esconder-se a um canto com medo e vergonha.

Tentar quebrar os nossos limites pode ser motivo de angústia. Mas deves estar atento porque, se passas a vida a refugir-te em prazeres momentâneos significa que sentes um vazio na tua vida. E só na luta para quebrar esses limites poderás encontrar satisfação e realização duradouras.

Para combater um grande medo deves cultivar um sentimento oposto, igualmente intenso. Assim, quando entrares em terreno incerto não estarás numa competição desleal. Estarás munido de um sentimento poderoso e isso é essencial, quer na luta diária, quer na luta por sonhos e objectivos que nunca antes foram conquistados.

O que é te prende do lado escuro da muralha?
créditos da imagem: Victor Piscue

12 comentários:

Isabel Madureira | 30 de março de 2011 às 03:27

Olá querida

Já não lia um post teu há bastante tempo. Como sempre está óptimo!

O mais curioso é que bateu mesmo lá no ponto, muito embora não domine essa coisa de enfrentar um sentimento negativo, com um oposto/positivo de igual intensidade...

Beijocas e votos de muito sucesso*

Ana Reis | 30 de março de 2011 às 12:01

Olá Isabel! Que bom receber um comentário teu.
Não escrevo tanto quanto gostaria neste blog, mas mesmo assim estou feliz por ser capaz de o manter com tanta coisa a acontecer à minha volta.

Obrigada pelos teus elogios. Tive muito medo de publicar este artigo. Sou muito novata nisto de escrever ficção. Sei que o conto não está uma grande coisa, mas fico feliz por ter ultrapassado o medo de o escrever.

Estamos sincronizadas, cada uma com a sua muralha!
Sabes ninguém domina essa coisa de enfrentar um sentimento negativo. É um processo demorado, por tentativa e erro. E, por vezes, pensamos que encontramos uma emoção forte e, passado uns tempos, percebemos que apenas estivemos a evitar o medo, em vez de o enfrentar! É assim para toda a gente, mas é essa luta que nos faz felizes.

Bjocas enormes e muito sucesso para ti também (estou a torcer por ti)!

Jackie Freitas | 30 de março de 2011 às 14:03

Oi Ana querida!
Maravilhosa reflexão! Simplesmente maravilhosa!
Enquanto fui lendo o conto, lembrei-me do filme "Náufrago"... No sentido contrário, o filme mostra a luta pela superação, as fé, determinação, força de vontade para voltar ao lado conhecido e experimentado da "muralha"... Entre tentativas frustradas e descobertas surpreendentes, o personagem tem a oportunidade de conviver com seus piores temores, enfrentar-se em suas dúvidas e crenças para manter-se firme no único objetivo que o fortalece: voltar para casa!
E aí, lendo o conto, pensei que todos nós temos nossas muralhas... imaginamos um mundo diferente daquele que vivemos e muitas vezes desistimos de explorá-lo ou descobrí-lo porque a desistência nos parece a forma mais confortável de pouparmos os esforços e evitarmos as dores do trabalho árduo! Acabamos por nos conformar com o mundo em que vivemos, mesmo que ele não nos ofereça a realização que tanto sonhamos.
Lendo a sua determinação e constatação de suas privações em prol de seus desejos e satisfação pessoal, compreendi que tudo aquilo que nos exige superação, acaba se tornando uma recompensa enorme! Acho que precisamos de desafios! São os desafios que nos permitem avançar nessa cruzada! São eles que nos ensinam a jamais duviidarmos de nossas capacidades!
No final de tudo, mesmo que do outro lado da muralha enxergamos que não há nada de diferente e que apenas nós fazemos a diferença onde quer que estejamos; valeu a pena todo o percurso dessa autodescoberta!
Parabéns, Ana! Adorei mesmo!
Grande beijo,
Jackie

rogermaxrjs.com.br | 30 de março de 2011 às 20:28

Olá querida, parabéns por sua postagem, está muito interessante... creio até que o nosso criador nos concedeu a graça - isso intrínseco - de mesmo que os muros, muralhas, montanhas e até outros gigantes maiores sejam aparentemente intransponíveis ou até que, em algumas tentativas estejamos vislumbrando a derrota, no fundo no fundo sabemos por essa dádiva - graça - que podemso vencer, ainda que tudo pareça perdido, pelo menos sou assim, desconheço se em toda minha existência ter desistido de muitas coisas; mais uma vez parabéns.

Orrevutchau.

Ana Reis | 30 de março de 2011 às 21:39

Olá Jackie, que bom receber um comentário teu. Tenho que comentar no teu blogue, agora quem está em falta sou eu!
Escrever este conto foi para mim o atravessar da muralha. Apesar de tudo, o que quero mesmo é escrever ficção. E desde que criei o blogue ando a evitar isso. Escrever no blogue dá-me a sensação de estar a arranhar a muralha, mas, na verdade não me ando a esforçar o suficiente.
Isso também acontece, pensamos que estamos a fazer um grande esforço e, na realidade, vivemos numa ilusão. E depois saímos por aí a culpar a nossa má sorte. É muito fácil desistir se não levarmos os nossos desejos a sério. Eles estão lá por alguma razão.
É incrível a quantidade de pessoas maravilhosas que se conformam com a sua vida. Eu sei que é assustador atravessar muralhas. Afinal de contas vivemos na ilusão de que a felicidade está no conforto e na segurança. Porque vamos abandonar isso em nome de uma aventura que apenas nos poderá trazer amarguras?
Mas é como escreveste: precisamos de desafios! Precisamos de atrito, de confusão e luta nas nossas vidas. Não só para evoluirmos enquanto pessoas mas para darmos mais de nós àqueles que nos rodeiam.
Adorei a tua última frase! Sabes, cada vez mais me convenço, não importa quantos quilómetros eu me afaste de minha casa. Não importa o quanto eu tente afastar-me dos meus fantasmas. Na verdade, posso sobrevoar o oceano que vou continuar a temer as mesmas coisas. A muralha está sempre lá. Não é algo físico, é algo que temos que derrubar primeiro na nossa cabeça.

Obrigada Jackie, fico imensamente feliz que tenhas gostado do artigo :)
Beijos enormes!

Ana Reis | 30 de março de 2011 às 21:47

Olá Rangel, muito obrigada!
Sou daquelas raras pessoas que acredita pouco em qualidades intrínsecas. Acredito antes que as pessoas se "fazem". E que crescem pelo próprio suor derramado.
Amo os meus defeitos. Se bem que, à poucos meses ter-me-ia sentido deprimida à mera menção desses defeitos.
Mas hoje sei que essas muralhas são o caminho. O nosso caminho não é aquele que se abre, facilmente, para nós. O nosso caminho é aquele que abrimos por e para nós. Nem todos pensamos em dádiva quando vemos os nossos defeitos. Admito que tenho dias em que pensar em dádiva me soa a disparate. Mas se não fosse esta luta duvido que tivesse conquistado metade daquilo que conquistei até hoje.
As derrotas são temporárias. Pouco sucesso hoje não significa pouco sucesso amanhã. É uma questão de perspectiva. Não podemos parar no tempo e acreditar que nunca nos vamos tornar mais fortes.
Um grande abraço

Joao | 4 de abril de 2011 às 04:44

olá, ao ler o unico pensamento que me veio à cabeça foi:

"É normal a criança ter medo do escuro. Mas é triste vermos um adulto com medo da Luz!"

e quanto de nós temos medo dela?

foi uma história inspiradora!

Ana Reis | 4 de abril de 2011 às 09:12

Olá João, obrigada pelo comentário e bem-vindo ao blog :)
Sabes, parece-me que nos dias de hoje é normal os adultos terem medo da luz. Afinal, a maior parte de nós tem trabalhos que odeia e limita-se a fazer aquilo que já sabe fazer bem. Andamos sempre na defensiva, vendo todas as situações menos boas como uma má sorte que não merecemos.
Eu sei porque já fui assim. E tenho ainda muitos dias em que me sinto assim, com medo da luz.
É triste, mas é a nossa realidade. A vida, para muitos, é para ser vivida no conforto. Não digo que o conforto não seja bom, mas não nos podemos limitar a isso se queremos que a nossa vida seja recheada de significado.
Um grande abraço e obrigada pelo elogio!

Vera Alvarenga | 10 de abril de 2011 às 18:58

Olá Ana Reis!
Gostei imensamente de voltar aqui.Já tinha vindo outro dia, mas tive de interromper a leitura e não houve tempo de comentar. Todos temos nossas simbólicas muralhas a transpor, se assim decidirmos. Elas nos parecem tão imensas, que delas desistimos,muitas vezes.
Foi uma grande verdade que colocou ali para nós, a de que nos iludimos se pensarmos que a podemos transpor com um esforço ingênuo - quanto mais forte,firme e grande for ela, maior e mais forte terá de ser o sentimento/ferramenta que usaremos para transpô-la, além da coragem com a qual devemos enfrentar os riscos, pois atravessá-la, como disse e também penso, já é o próprio objetivo que dá significado à nossa vida, quando sentimos assim.
Maravilhoso!
Te indiquei para um selo, presente que também deram a meu blog e gostaria que fosse lá ver.

Grande abraço
Vera Alvarenga

Ana Reis | 17 de abril de 2011 às 11:40

Olá Vera, muito obrigada por decidires regressar e deixar um comentário :)
Acredito que as muralhas ajudam-nos a encontrar um propósito para a nossa vida. Sem elas acabaríamos a vaguear por aí sem nenhuma ideia clara ou rumo certo. Por isso, para mim, desistir das muralhas não faz sentido algum. Embora ainda tenha muitas muralhas que me parecem intransponíveis neste momento da vida, sinto que isso me torna uma pessoa mais focada e feliz.
A verdade que me esforcei por transmitir aprendi à custa dalguma quedas. Depois de muito esforço para superar algumas barreiras dei por mim a falhar miseravelmente. Fiquei amuada e decidi começar a culpar os outros. Até que me apercebi que me estava a comportar como uma criança. Isso foi chocante para mim ao início mas aprendi muito à custa desses meus amuos e dos maus resultados. Quis transmitir aquilo que tinha aprendido, fico feliz que tenha sido capaz de transmitir a mensagem! Foste capaz de a sintetizar muito bem!

Um grande abraço
P.S. Peço desculpa por demorar muito a responder, e obrigada por me indicares para o selo.

Tiago | 23 de abril de 2011 às 05:26

Olá Ana.
Eu estava navegando a esmo na internet e acabei "topando" com o seu site. Li várias postagens (quase todas, na verdade) mas estou deixando um comentário somente nesta aqui.
Eu queria dizer que achei o seu site bastante autêntico, e que os seus textos são muito gostosos de se ler. E, para mim, o seu português de Portugal dá também um 'charme a mais' na leitura, deixando eles ainda mais interessantes...
Parabéns! Vou acompanhar a partir de agora.

Ana Reis | 23 de abril de 2011 às 13:06

Olá Tiago! Fico muito feliz por teres decidido acompanhar-me :)
Muito obrigada pelos elogios, são um grande "empurrão" para eu continuar a investir cada vez mais neste blog.
Um grande abraço e até breve!

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