A arte de comunicar
Acho que a maioria das pessoas concorda, actualmente, que a credibilidade dos meios de comunicação se vê reduzida a interesses económicos, políticos e quaisquer outros que tornam qualquer notícia tendenciosa. O problema é que nem sempre nos preocupamos em tentar perceber porque isso acontece.

Todas essas influências são pouco sãs para a objectividade, e tornamo-nos cada vez mais conscientes disso, basta ver os próprios títulos das notícias. Contudo, isto tem uma forte razão de ser: é que a Comunicação/ Jornalismo sempre ocuparam escalões medianos de poderio financeiro. Desta forma, com a emergência dos grandes grupos, estes meios estão a ser comprados, vendidos, transformados e, os seus interesses terão que ser compatíveis com as prioridades dos seus financiadores.
No entanto, isto não pode ser a única desculpa para a decadência que agora observamos, também temos que nos perguntar: Será que foram os meios que criaram a necessidade de consumo de notícias sensacionalistas? Ou somos nós mesmos que, no presente excesso de informação, apenas o mais absurdo e distorcido capta a nossa atenção?
Sinceramente, não creio que haja uma resposta correcta, porque cada caso é tão distinto do outro que uma generalização apenas nos faria perder uma perspectiva sã das coisas. Contudo, uma drástica mudança neste sector dependerá:
- da vontade dos seus profissionais (que passa pela boa e diversificada formação da nova geração);
- do reavivar do sistema económico (que passa pela consciencialização das massas da necessidade de mudar o sistema moribundo que não mais nos suporta);
- da adaptação da comunicação ao novo meio - Internet - e estudo de novas fontes económicas que possam suportar este sistema;
- e finalmente, inovar a arte de comunicar, que deverá ir mais além do mero informar de factos actuais... que, pelo seu excesso deixam a nossa atenção apática e amputam a nossa capacidade de pensar por nós mesmos.
Até breve
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