A donzela na Casa de Campo

Ao despertar de uma noite bem dormida (sem os habituais sonhos loucos que a costumam povoar) abri a janela do meu quarto. O gelado sol eliminou os restos da minha teimosa preguiça.
Assim, carregando a mochila fiz-me à estrada, saudada por uns gelados 12ºC e por uma paisagem que aprendi a chamar de minha. Depois de uma longa viagem de metro, com os habituais personagens estranhos que conseguem sempre surpreender-me (não, não vou explicar), chego ao meu destino. Linha 10, estação de metro: Lago, situada no famoso parque natural de Madrid chamado "Casa de Campo".
Acompanhada pela minha câmara percorri os desconhecidos caminhos, sem nunca me afastar demasiado por medo de me perder no imenso labirinto de árvores e arbustos.
Na hora de almoço arranjei um bom lugar junto ao lago, que, embora ao início me tenha desiludido por parecer tão artificial e pequeno, não deixou de me maravilhar pela sua simplicidade. O tempo aqui ganhou novos contornos; depois de comer e ler um pouco do livro que trouxe da biblioteca - "Frankenstein", o tempo tinha voado. E a minha cansada e inquieta mente tinha, por fim, repousado afastada dos conflitos, mesmo daqueles que não são mais do que fruto da imaginação.
Ainda sem vontade de voltar a casa dirigi-me ao metro, em direcção a Arguelles, onde se situa o teleférico que faz a travessia do parque. Comprei uma viagem de ida e volta e, ao contemplar o mundo lá em baixo  esqueci-me de mim.



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